O Galo FA tinha um grande objetivo na temporada passada: unificar os títulos nacionais da Liga BFA e do Brasileiro da CBFA. Apesar do time chegar às finais das duas competições, o time atleticano acabou sendo derrotado por T-Rex e Coritiba Crocodiles. As duas partidas aconteceram longe de Minas Gerais.
Na semana em que o Galo FA estreia na temporada 2023 – neste sábado (18/3) contra o Rio Preto Weilers pela Taça Brasil Hinova, a Valinor Conteúdo traz uma entrevista com o vice-presidente do time de futebol americano, Eddie Aragão, que fala sobre vários assuntos, entre eles o sentimento de que o clube foi prejudicado nas finais dos torneios nacionais no final de 2022.
O Galo FA ainda está estudando se nesta temporada disputará os dois torneios nacionais ou se apenas um – o que seria diferente de 2022. O time deve divulgar a decisão em breve.
Confira, abaixo, a entrevista com o dirigente atleticano.
Eddie, a temporada não acabou da forma que o Galo FA imaginou, mas, mesmo sem os títulos nacionais, o time teve um excelente ano. Qual o balanço que vocês fazem de 2022? Ter disputado duas competições nacionais foi o grande erro do Galo FA?
- De fato, a meta era - ganhar ao menos um dos títulos nacionais. Quando decidimos entrar nas duas competições, calculamos e planejamos tudo, traçamos um caminho e sabíamos que o desgaste físico seria um grande adversário, porém, estava tudo muito bem planejado. Na tabela oficial acertada pelas organizações (CBFA e BFA), teríamos no máximo três jogos por mês e sempre teríamos um espaço para recuperar os jogadores desgastados. Fizemos de tudo para que a tabela oficial e original fosse cumprida, mas os percalços das competições recaíram sobre o planejamento do Galo FA. O que quero dizer com isso é que, na tabela oficial da BFA divulgada no 1º semestre, a semifinal nacional aconteceria no dia 29 de outubro, e esse não cumprimento da tabela nos forçou a jogar no dia 2 de novembro. O outro contratempo oriundo da CBFA foi as mudanças dos playoffs. As datas oficiais eram que o wil card seria no dia 22 de outubro; e a semifinal, em 5 de novembro. No entanto, elas não foram cumpridas, e foram jogadas e remarcadas para 5 de novembro (wild card) e 12 de novembro (semifinal). Então, nosso planejamento era chegar em novembro com apenas três jogos, sendo que um seria no começo do mês (5/11 semifinal CBFA) e os outros no dia 19/11 e 27/11 as finais (Liga BFA e Brasileirão da CBFA). Dessa forma, teríamos 14 dias para trabalhar e descansar. Mas o não cumprimento da tabela oficial fez com que o Galo FA fosse forçado a jogar cinco jogos no mês de novembro. Foram cinco jogos difíceis nesse mês, com duas viagens previstas. Vejam só: jogamos 18 jogos na temporada inteira, sendo que 1/3 dos jogos apenas em novembro. Depois, muitas pessoas falaram que não deveríamos ter entrado nas duas competições e que isso foi um erro. Mas, eu te pergunto: será que foi um erro entrar nos dois campeonatos ou era bem mais correto cumprir o que já estava determinado? Os regulamentos foram feitos para deixar as competições organizadas e o time que mais se organizou para as competições pagou pela não organização dos outros. Então, o certo não é o Galo escolher uma competição. O certo seria que o regulamento e as tabelas fossem respeitados e cumpridos. Mas, apesar das frustações, consideramos que foi um ano muito positivo, ainda mais se considerar que o Galo FA não foi campeão da CBFA devido às lamentáveis falhas da equipe de arbitragem do Paraná.
Contra o T-Rex o time não conseguiu ter um jogo corrido eficiente e Parris Lee é um dos melhores running backs do FABR. Não ter inscrito o norte-americano na Liga BFA foi um erro?
- Não foi um erro. O Galo FA tinha três excelentes running backs (Parris Lee, Rafa Fadine e Marquinhos) e calculamos que poderíamos deixar o norte-americano Tyrem por conta da BFA e o Parris Lee na CBFA. Os dois não poderiam ser inscritos juntos, já que o QB Marco Aguinaga ocupava uma das duas vagas para estrangeiros. As dificuldades enfrentadas foram de fatos técnicoa?s e também pelos desgastes de terem essa sequência de jogos em novembro.
O Galo FA reclamou muito da arbitragem, especialmente, contra o Coritiba Crocodiles (final do Brasileirão da CBFA). O time planeja fazer uma reclamação juntos às entidades?
- O que aconteceu no dia 27 de novembro, no estádio Couto Pereira, foi algo que lamentamos muito. Nos preparamos para todas as adversidades, mas os erros da arbitragem, principalmente, no último lance do jogo foi demais. Espero que a equipe de arbitragem possa refletir e se preparar melhor para a temporada, pois o estado do Paraná tem grandes times e tem uma grande importância para o FABR.
Esperava um ano tão bom do Marco Aguinaga? Como o Galo FA prospectou um atleta que teve um impacto absurdo no FABR?
- Sim, esperávamos. Todo jogador aqui passa por um processo seletivo técnico. Tem muitos estrangeiros que nos procuram para vir jogar no Galo FA, porém as escolham são feitas com muito critério. Sabíamos que, se ele se adaptasse aqui no Brasil, ele teria tudo para fazer uma ótima temporada. Os números dele e os vídeos eram impressionantes.
O Galo FA teve baixas significativas com as saídas do Aguinaga e Parris Lee. Acredita que os novos reforços vão manter o nível?
- O time está trabalhando muito. A nova comissão técnica chegou com muita energia e com novas ideias. Estamos extremamente motivados e confiantes. Sobre os jogadores que saíram, eles foram pontualmente substituídos e esperamos que os que chegaram correspondam à altura deles.
O Galo FA contratou o Callus Cox, um dos maiores jogadores do FABR, para o primeiro semestre. Tem alguma possibilidade de ele ficar no time durante todo o ano?
- Tudo é possível no FABR.
Mudando um pouco de assunto. O Galo FA completou cinco anos de muito sucesso. O que representa fazer parte desse time tão vitorioso no FABR?
- Estar no Galo FA é trabalhar com profissionais de alta qualidade. Defender a marca do Galo, escutar as vibrações da torcida, viver essa dinâmica de matar um leão por dia. Isso tudo é muito gostoso. Tem sido um desafio muito grande ser da diretoria desse time e contribuir para o crescimento dele. O que o Wesley Oliveira (presidente) e eu fazemos por esse projeto é mais do amor.