Morre hall da fama da NFL, ídolo dos Bears e que inspirou filme vencedor do Emmy
Gale Sayers faleceu na última terça-feira, aos 77 anos, devido a complicações de demência e também do mal de Alzheimer
- Matéria
- Mais Notícias
Morreu nesta terça-feira, aos 77 anos, o ex-running back, hall da fama e ídolo do Chicago Bears, Gale Sayers, em sua residência, na cidade de Wakarusa, Indiana. Ele sofria de demência e também do mal de Alzheimer. A morte foi confirmada por Guy Ballard, filho do histórico jogador.
Relacionadas
It is with great sadness the Chicago Bears mourn the loss of Bears Hall of Fame running back Gale Sayers. Sayers amplified what it meant to be a Chicago Bear both on and off the field. He was regarded as an extraordinary teammate, leader, husband and father. He was 77. pic.twitter.com/cK8kS9ru8b
— Chicago Bears (@ChicagoBears) September 23, 2020
Em 2017, a família de Sayers revelou que o ex-atleta sofria de demência há quatro anos, quando ele publicamente manifestou sinais da condição médica. Ele se juntou a uma lista de ex-jogadores de futebol americano com a doença e que também possuíam algum sinal de dano cerebral, logo relacionado à prática da modalidade.
Em 2010, a NFL fez uma lista dos 100 maiores jogadores da liga, e o nome de Sayers aparecia na 22ª posição. Mesmo com uma carreira marcada por lesões no joelho, o jogador é considerado por muitos como o melhor na posição em toda a história da liga, como afirmou Ernie Arccosi, que foi general manager de três times diferentes da NFL. Segundo o executivo, Jim Brown foi o melhor running back da liga, mas Sayers era especial quando o assunto era encontrar atalhos nas OLs adversárias. Ninguém executava esse serviço com mais velocidade que Sayers.
O running back atuou pelo Chicago Bears por seis anos, de 1965 a 1971, e acumulou prêmios, sendo quatro vezes selecionado para o Pro Bowl, cinco vezes membro do primeiro time All-Pro, calouro do ano em 1965, duas vezes o líder de jardas terrestres na NFL, além de ter tido o número que utilizava aposentado por Chicago e também pelos Jayhawks da Universidade de Kansas.
Uma história de amizade que foi parar nas telonas
Em 1968, Sayers sofreu uma lesão no joelho direito que comprometeu vários ligamentos. Muitos chegaram a dar a carreira do atleta como acabada. Mas ele contou com a ajuda mais do que especial do companheiro Brion Piccolo, que inclusive o substituiu nos Bears, para superar as adversidades e retornar em 1969 para receber, inclusive, o 'Comeback Player of The Year', um prêmio destinado ao jogador que conseguiu dar a volta por cima.
Essa amizade entre Sayers e Piccolo virou um filme, dirigido por Buzz Kulik, lançado em 1971 e chamado de 'Brian's Song', que no Brasil ganhou o nome de 'Glória e Derrota'. A produção retrata o relacionamento especial entre os atletas, interpretados pelos atores Billy Dee Williams e James Caan. Além do companheirismo durante o período que Sayers ficou lesionado, a história chega a cruel revelação de que Piccolo sofria de um câncer maligno. O apoio constante e a amizade de Sayers foram um papel importante na heroica luta de Piccolo contra a doença. O atleta acabou falecendo ainda em 1969, aos 26 anos. 'Glória e Derrota' faturou um Emmy de melhor filme para a televisão e emocionou os norte-americanos. Piccolo é lembrado como como um dos grandes nomes da história do Bears ao lado do próprio Sayers e também do lendário Dick Butkus.
Trinta anos após a exibição original de 'Brian's Song', um remake foi ao ar em 2001, no programa The Wonderful World of Disney, da ABC, estrelado por Mekhi Phifer, que interpretou Sayers, e Sean Maher, como Piccolo.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias