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Anistia Internacional diz que trabalhadores de serviços na Copa do Qatar estão correndo riscos

Entidade que defende os Direitos Humanos entrega petição com 280 mil assinaturas para Fifa cobrando ações

Trabalhadores Obras Catar 2022
imagem cameraTrabalhadores em serviço da Copa do Mundo do Qatar têm seus direitos violados (Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)
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Lance!
Doha (QAT)
Dia 15/03/2022
19:14
Atualizado em 15/03/2022
20:12

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Em uma reunião realizada nesta segunda-feira (15), a Anistia Internacional entregou à Fifa uma petição com mais de 280 mil assinaturas pedindo ajuda aos trabalhadores de serviços da Copa do Mundo do Qatar. Para a entidade que defende os Direitos Humanos, os funcionários correm riscos no setor e diversos direitos trabalhistas estão sendo violados pelo país-sede.

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O documento foi entregue pela diretora da organização não-governamental, Alexandra Karle, e pede que a Fifa faça medidas que melhorem os direitos trabalhistas dos imigrantes. De igual maneira, que influencie o Qatar a executar as reformas trabalhistas antes da Copa.

Em entrevista ao 'ge', Laith Abu Zeyad, que é representante do grupo de direitos para os trabalhadores imigrantes, disse que a responsabilidade de reduzir as ameaças aos direitos e, também, de implementar um plano para assegurar que os funcionários sejam pagos adequadamente, tenham tratamento justo e não sejam explorados.

- Como organizadora da Copa do Mundo, a Fifa tem a responsabilidade de acordo com os padrões internacionais de mitigar os riscos de direitos humanos decorrentes da Copa do Mundo e deve implementar um plano de ação robusto para garantir que os trabalhadores migrantes em todos os setores associados à Copa sejam pagos adequadamente, tratados de forma justa e livres do controle de empregadores exploradores - declarou Laith.

A Fifa também é acionada para assumir a responsabilidade de garantir que os prejuízos sofridos pelos trabalhadores sejam solucionados juntamente ao Comitê Organizador Local da Copa.

Além disso, a Anistia apurou que diversos funcionários continuam sem receber salários por meses, são impedidos de trocar de emprego e não é autorizado a criação de sindicatos para a defesa de seus interesses coletivos. E, ainda, suspeitam de muitas mortes sem investigação e compensação para as famílias.

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