Arsène Wenger defende Copa do Mundo a cada dois anos: ‘Melhorar a qualidade do jogo e das competições’
Ex-técnico do Arsenal e chefe de Desenvolvimento Global de Futebol da FIFA explica formato do novo calendário; planejamento pode entrar em vigor a partir de 2024
A proposta de diminuir o intervalo entre Copas do Mundo ganha força dentro da FIFA. Arsène Wenger, chefe de Desenvolvimento Global de Futebol na entidade, defendeu a medida como forma de aperfeiçoar o nível do esporte. Em entrevista ao jornal francês L'Équipe, explicou a sua ideia de formato para o novo calendário.
- Pretende-se continuar melhorando a qualidade do futebol, melhorando a periodicidade das competições, ao mesmo tempo que se aperfeiçoa as regras do jogo. Quero melhorar a frequência das competições, me baseando na simplicidade, na clareza do calendário e na vontade de organizar apenas competições que tenham um significado real e que sejam aquelas que permitem melhorar o nível do futebol - disse.
Segundo o diretor, o planejamento até 2024 permanece o mesmo. Depois, pode sofrer a alteração discutida na FIFA. Na concepção de Arsène, as eliminatórias devem ocorrer em janelas internacionais, e os jogadores serão convocados menos vezes.
- A grande ideia é agrupar as eliminatórias em duas janelas internacionais, em outubro e março, para maior visibilidade do calendário, maior simplicidade para os clubes e menos problemas a resolver para as seleções. O princípio seria um agrupamento de classificações, a cada ano, e no final da temporada uma grande competição, Copa do Mundo ou Torneio Continental. Entre as duas janelas de eliminatórias, o jogador ficaria no clube durante toda a temporada.
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O ex-técnico do Arsenal afirma que a quantidade de jogos não irá aumentar, assim como a captação de receitas da instituição. Além disso, haveria um pausa para o repouso dos jogadores após as competições.
- Não haverá mais jogos do que antes e os jogadores serão menos convocados pelas seleções nacionais. A ideia é mesmo melhorar a qualidade do jogo e das competições, não há intenção financeira por trás disso, até porque a FIFA redistribui o dinheiro a todas as federações do mundo para desenvolver o futebol nos países. Para os jogadores, não haverá mais jogos, e haverá descanso obrigatório após as fases finais, pelo menos vinte e cinco dias, na minha ideia.