‘Barcelona, o maioral do Espanhol’
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O Barça ganhou o Campeonato Espanhol e manteve o título como devia, ganhando no Los Cármenes, por 3 a 0 do Granada. Somou seu campeonato de número 24, o oitavo desde 2005, que condiz com seu domínio nos últimos tempos. O sexto título em oito temporadas, o melhor ciclo da história do clube. A equipe blaugrana, liderada por Messi, acabou com todos as futilidades desta última semana, quando foi falado de tudo, menos futebol, buscando mascarar a realidade, que o Barça seria o campeão. E o título foi alcançado porque foi o melhor, não porque merecia mais do que os outros. Chegou contra o Granada sendo o líder do campeonato em 26 rodadas. Fez 112 gols, quase três por partida, e só levou 29. Isso tem sido o segredo. Eles são, com perdão, os maiorais, o f.., da Liga.
Equipe com alternativas
Andrés Iniesta controlou bem a bola. Ele entregou a Jordi Alba e Neymar que passou para o segundo pau. Ali, apareceu a figura do "assassino" da área: Luis Suárez, que marcou seu primeiro gol. Foi o gol que abriu o caminho para o título do Barca. E ele veio com um jogo "made in Barcelona". Toque, controle, técnica individual e da equipe como um todo.
Mas é que eles conseguiram o segundo gol com um contra-ataque letal, de almanaque, em três toque. Mascherano lançou para Daniel Alves, que entregou para Suárez marcar seu gol de número 39 na competição, ultrapassando a marca de Telmo Zarra e Hugo Sanchez (38 gols).
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Foram duas jogadas, dois gols, que confirmaram que este Barça mantém seu DNA, encontrando alternativas diante de times que se fecham, como fez o Granada neste sábado. E o melhor de tudo é que, para a final da Copa do Rei contra o Sevilla (dia 22), os culés recuperaram a seriedade e a sobriedade, combinando com pressão constante que o clube está habituado a fazer.
Com o trio MSN, a vida segue normal, ou seja, mantendo o tradicional "punch". A imprevisibilidade e a química especial entre Neymar (recuperado nestes jogos finais), Messi, que, volta a ser o dominador absoluto com a bola nos pés. Tudo isto combinado o predador da área, Luis Suárez. Seus 40 gols vieram de lá, e nenhum fora de seus "domínios". Prova disso é que o terceiro do jogo deste histórico dia 14 veio dele também. Que festa do trio!
Os onze campeões
Mas não nos esqueçamos do resto. Gerard Piqué voltou a confirmar que é "Piquenbauer", com um imenso Mascherano, mais que seu escudeiro. Vale ressaltar também os laterais, sempre importantes. Tanto Alba quanto Daniel Alves recuperaram todo os seus poderes ofensivos. E isto ainda com seriedade defensiva.
No meio, Sergio Busquets continua a ser o controlador do jogo, o amigo que te salva quando você está em apuros. Sim, é notável seu desgaste físico após uma temporada tão exigente. Ivan Rakitic ainda é o craque que foi no Sevilla, mas está aos moldes de Luis Enrique. E Andrés Iniesta, com o perdão, é um caso a parte. Aos 32 anos mantém magia especial que o tornou um dos melhores do mundo em sua posição.
O Granada jogou com os mesmos onze atletas que ganharam a Liga dos Campeões em Berlim, na última temporada. O time titular que todo barcelonista sabe de cor.
Mas o clube campeão precisa de reforços de qualidade. Isto é notável quando sai um titular e entra um, na teoria, reserva. Com exceção para Sergi Roberto e Mathieu, o Barça carece de jogador que resolve no banco de reservas, enquanto espera pela recuperação plena de Rafinha. O próxima janela de transferências será tão importante quanto difícil, já que as negociações estão cada vez mais voltadas para as loucuras dos clubes ingleses.
Francesc Aguilar é jornalista do diário Mundo Deportivo
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