Brasileiro comenta dificuldades na Turquia por conta da Covid-19
Guilherme Sityá destaca momentos positivos na temporada, mas revela saudades da família e dos amigos após um ano e meio sem retornar ao Brasil
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Destaque do Konyaspor na temporada, com bons números e regularidade, o lateral-esquerdo Guilherme Sityá teve ótima atuação no último fim de semana, quando a equipe goleou o Karagumruk por 5 a 1. Com o resultado, o time praticamente livrou qualquer risco de rebaixamento e se manteve em uma zona tranquila na classificação e o colocou na seleção da rodada. Restando poucos jogos para o fim da temporada, o brasileiro fez um balanço individual e geral do desempenho.
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- Acho que foi uma temporada muito boa. Consegui manter uma regularidade no campeonato todo, independentemente da situação da equipe e consegui manter as minhas atuações em um nível legal. O time tem jogado melhor nos últimos jogos, a gente vinha esbarrando na hora de fazer gols, mas na última partida conseguimos fazer cinco. Estávamos cometendo muitos erros individuais, mas acredito que com essa vitória já dê pra pensar um pouco na próxima temporada - conta Guilherme, que não vê um retorno ao Brasil tão próximo, já que está muito bem adaptado ao local:
- Sobre voltar a jogar no Brasil, eu não sei. Hoje não é algo que passa muito na minha cabeça. Estou muito feliz aqui na Turquia. Contente com a Liga, com o clube. Vamos deixar para o futuro.
Fora do Brasil há mais de uma década, Guilherme conta que o que mais atrapalha é a distância da família e dos amigos. Por conta da pandemia de Covid-19, o jogador revela que não vê seus familiares há um ano e meio, o que tem sido muito difícil pra ele.
- O mais difícil de estar 11 anos fora do Brasil é a saudade. Da minha família, dos meus amigos, de não estar conseguindo passar nenhuma data ou evento importante com eles. Ainda mais agora, nesse tempo de pandemia, já estou um ano e meio sem ver meus familiares por estar evitando mesmo viajar, respeitando todas as regras - explica o brasileiro, que está passando por mais um lockdown, e que tem aproveitado o tempo de quarentena para um autoconhecimento:
- A maior dificuldade com a pandemia é o lockdown. Estamos novamente nessa situação, por três semanas, eles querem diminuir os casos e isso é bem difícil, por ficar trancado, dentro de casa. Minha rotina no último ano, como de todo o mundo, tem sido casa-trabalho, trabalho-casa. Temos que ter paciência, se importar com o próximo e respeitar as orientações. Acho que minha maior dificuldade tem sido ficar sozinho, longe da minha família, mas repensar algumas questões tem ajudado também, principalmente na minha carreira. Tem sido um tempo de aprendizado, de autoconhecimento.
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