Bruno Paulo relembra início no Flamengo e analisa nova fase na Tailândia: ‘Vai ser um grande desafio’
Revelado na Gávea, atacante fez parte do elenco que conquistou o Brasileiro de 2009
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Com passagens por Flamengo e Corinthians, o atacante Bruno Paulo está em uma nova fase da carreira. Depois de passagem pelo Guarani na Série B, o jogador acertou com o Rayong FC, da Tailândia, com a esperança de experimentar o mercado asiático que tanto cresce no mundo do futebol e irá disputar o segundo turno da primeira divisão local.
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Em conversa exclusiva com o LANCE!, o jogador de 30 anos explicou que está tratando o desafio com uma expectativa alta. Afinal, ele enxerga a ida para um país que não conhece como a esperança de dar a volta por cima. Não só isso, mas que também pode servir como uma porta de entrada para países de maior porte no continente, como a China e o Japão.
- Aqui na Tailândia vai ser um grande desafio pra mim. Eu estou no Rayong FC e vai ser um desafio muito grande para mim. Tomara que eu dê essa volta por cima, porque eu pretendo mesmo é jogar na China, no Japão, porque eu acho que são lugares que você aparece mais. Pintou essa oportunidade aqui, o contrato não é muito longo e é para mostrar o meu futebol também se der certo aqui. Deus vai me abençoar porque ele sabe que eu preciso. Tenho minha família, dois filhos (risos). Então se Deus quiser, eu vou ter sorte e vai dar certo aqui - afirmou.
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Bruno topou o desafio na esperança por dias melhores. Afinal, o atleta deixou sua família e seus dois filhos e chegou na Tailândia sozinho para tentar provar um ponto novamente: que ele é capaz de dar uma nova reviravolta em sua carreira.
- Eu estou na luta. Vim para a Tailândia em um grande desafio. Não conheço ninguém. Conheço alguns jogadores, mas que jogam em outros clubes. Eu vim sozinho e é um desafio que o jogador leva, o cara que quer construir o seu futuro. Se Deus quiser, vai dar tudo certo. Eu vim na expectativa de fazer um campeonato bom, um segundo turno bom e ir para coisas melhores - explicou.
Segundo Bruno, a grande reviravolta em sua carreira aconteceu quando ele acertou sua ida para o Audax, que encantou o futebol brasileiro com uma campanha especial no Campeonato Paulista. Ao lado do atacante, Fernando Diniz, Sidão, Tchê Tchê, Camacho e outros deixaram uma ótima impressão com aquela trajetória. Ele relembrou o seu começo na base do Flamengo e os erros que cometeu pela grande exposição repentina de um menino que nasceu na favela.
- Foi no Audax que as portas se abriram de novo. Um menino jovem, que veio da favela, subiu no Flamengo, morando no Rio de Janeiro. O mundo era meu no Rio, em Niterói. Era um menino que tinha uma base boa familiar, achou que o mundo era dele e foi só caindo, o futebol esquecendo... Mas graças a Deus, Deus me deu outra chance e eu voltei para dar a volta por cima e estou aí ainda para dar glórias, deixar minha família bem e feliz, fazendo o que eu sei fazer de melhor que é jogar futebol. Se Deus quiser, eu vou dar a volta por cima e voltar a jogar em um time bom no Brasil - relembrou.
Revelado na Gávea, Bruno relembrou seus dias com a camisa rubro-negra e a convivência com jogadores de alto nível, como Petkovic e Adriano Imperador. Segundo ele, a sensação de vestir o famigerado manto sagrado é uma emoção fora do normal.
- Só quem está lá dá pra explicar. Cada jogador que você só via em em vídeo-game. Aí você está jogando junto, treinando junto, conversando, dividindo vestiário e concentração. É uma coisa muito diferente que eu vou levar para o resto da minha vida. Eu, principalmente, nunca vou esquecer por onde eu passei, dos jogadores que eu joguei, das amizades que eu construí. E estamos aí para conhecer mais, né? (risos). Todo jogador quer jogar no Flamengo e eu joguei lá por 10 anos. É uma emoção fora do normal vestir essa camisa. Eu joguei 10 anos, fui campeão brasileiro e joguei com alguns fenômenos, como Adriano, Petkovic, só cara bom e gente boa. Minha geração foi muito boa: eu, Camacho, Lenon, Fabrício... foi muito boa. Foi uma experiência ótima e nunca vai sair da minha cabeça - concluiu.
*Estagiário, sob supervisão de Ricardo Guimarães.
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