Chegada de Sergio Ramos dá a Pochettino variação no esquema de jogo do PSG; veja escalações possíveis
Entrada do zagueiro espanhol no time titular pode fazer o PSG atuar com três defensores para dar liberdade a Hakimi. No entanto, argentino pode seguir no 4-3-3 ou 4-2-3-1
Com a confirmação da chegada do defensor Sergio Ramos ao PSG, o time francês vai ganhando cada vez mais um esboço de time muito competitivo para a temporada 2021/22. Após a saída de Thiago Silva, o clube parisiense tem mais uma vez à disposição um 'xerife' para tomar conta da zaga. Mas a aquisição do atleta espanhol vai além da iminente titularidade. Variações serão possíveis.
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O técnico Mauricio Pochettino sempre foi adepto do esquema 4-2-3-1. Desde os tempos em que comandava o Tottenham, o argentino nunca escondeu sua predileção pela oportunidade de atuar com dois homens à frente da defesa, um meia articulador, dois pontas e um centroavante. Desta maneira, ele levou os Spurs à final da Champions em 2019, quando perdeu para o Liverpool.
Quando foi contratado pelo Paris Saint-Germain, no início de 2021, Pochettino encontrou um time em transição do 4-3-3 para o 3-5-2. Thomas Tuchel, então treinador, tentou mudar seu estilo de jogo em suas últimas partidas, mas foi no Chelsea onde obteve o sucesso com três defensores ao ser campeão europeu.
Mauricio Pochettino optou por dar sequência ao 4-3-3 e pouco depois passou a dar sua cara no 4-2-3-1. Tirou Neymar da ponta-esquerda, onde o brasileiro estava acostumado a jogar, e o transformou de vez em um camisa 10, o chamado 'playmaker'. Atuando atrás do atacante, pisando mais na área, teve mais liberdade para criar. Na Seleção Brasileira, Tite o tem explorado assim.
Agora, a contratação de Sergio Ramos dá muitas oportunidades para Mauricio Pochettino montar sua equipe em busca da tão sonhada Champions League e também do Campeonato Francês. Na temporada 2020/21, o Lille surpreendeu e conquistou a Ligue 1.
Além do defensor espanhol, outras peças serão vitais para o novo PSG. A chegada do lateral-direito Hakimi, ex-Inter de Milão, possibilita que o argentino jogue com o sistema de três zagueiros, para dar liberdade ao marroquino. Tanto no Borussia Dortmund como na Nerazzurri, o ala foi bem na função. Outros nomes que chegam para somar são Wijnaldum e Donnarumma.
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VEJA AS POSSÍVEIS ESCALAÇÕES
3-5-2
Com Marquinhos e Kimpembe como titulares da defesa, Pochettino não precisa sacar um dos dois para a entrada de Sergio Ramos. O espanhol pode atuar numa linha de três zagueiros, dando liberdade a Hakimi pela direita (como explicado acima) e Bernat ou Kurzawa na esquerda.
Assim, Wijnaldum entraria no meio-campo junto com o argentino Paredes ou o italiano Verratti, tirando Di María da ponta e trazendo o camisa 11 para o meio. Desta forma, o ataque poderia ser composto por Neymar e Mbappé, com muita mobilidade perto do gol.
4-3-3
Caso volte a atuar no 4-3-3 de quando chegou ao PSG, a expectativa é para a saída de Kimpembe da zaga. Não necessariamente, porém, ele precisa sair do time titular. Apesar de ter ficado de fora no desenho, o francês também pode atuar na lateral-esquerda.
Com três homens no meio-campo, Verratti pode continuar como peça fundamental do meio-campo junto com Paredes, dando, assim, espaço para que Wijnaldum pise na área como sabe. No ataque, Di María voltaria ao lado direito, com Neymar na esquerda caindo para o meio e Mbappé de referência.
4-2-3-1
Por último, mas não menos importante, Pochettino pode continuar jogando no 4-2-3-1, o seu esquema preferido. A linha defensiva se manteria da mesma forma que no 4-3-3, mas do meio para a frente um time bem mais agressivo. Verratti ou Paredes seriam o 'cão de guarda' da zaga, enquanto Wijnaldum sairia mais para o jogo.
Neymar faria a função de camisa 10 (playmaker), com Di María na direita e Mbappé saindo da referência para atuar na esquerda encarando a marcação no um contra um (1x1). Deste modo, o argentino pode jogar com uma referência, como tinha em Harry Kane nos tempos de Tottenham. O centroavante pode ser seu compatriota Mauro Icardi.
* Estagiário, sob supervisão de Leonardo Martins.