Chile joga fora o sonho do tri após atuação ruim na Arena do Grêmio

Um dos favoritos ao título, o Chile deu adeus ao sonho do tricampeonato da Copa América nesta quarta-feira, na Arena do Grêmio. Campeão em 2015 e 2016, o time de Reinaldo Rueda jogou um futebol muito abaixo do esperado e foi surpreendido por um Peru aguerrido em campo, que venceu por 3 a 0. Mesmo com a geração de ouro do país, os chilenos ficam no quase depois do vexame de ficar fora da Copa do Mundo da Rússia.

O Chile seria a primeira seleção a conquistar o tri da competição em 70 anos. A última a conseguir tal feito foi a Argentina. Com nove jogadores das últimas duas campanhas da competição sul-americana, os chilenos começam a se despedir da seleção que tirou o país de uma longa espera pelo primeiro título. São eles Aléxis Sánchez (30 anos), Arturo Vidal (32), Eduardo Vargas (29), Jean Beausejour (35), Mauricio Isla (31), Charles Aránguiz (30), Gary Medel (31), Gonzalo Jara (33) e José Pedro Fuenzalida (34). 

Depois de um primeiro tempo marcado pela falta de atenção e até uma aparente preguiça, os chilenos voltaram mais ligados para a segunda etapa. No entanto, com uma boa formação defensiva do Peru, o nervosismo e a pontaria ruim pesaram. Apesar da maior agressividade, foi a pior apresentação do Chile nessa Copa América. E justamente quando os erros têm um preço alto.

Diferente do companheiro de profissão Gallese, que viveu noite inspirada, Arias voltou a falhar. Ele já vinha recebendo muitas críticas por parte da torcida, inclusive reclamando publicamente. Os companheiros chegaram a defender o arqueiro. O experiente Claudio Bravo, que seria o titular na posição, não é convocado desde outubro de 2017. No início do ano passado, ele pediu dispensa após não poder levar o próprio preparador de goleiros e nunca mais foi convocado por Rueda. Um jornal chileno afirmou que líderes do elenco pediram que ele não fosse chamado para a Copa América.

Os principais jogadores chilenos também ficaram devendo. A boa atuação da seleção peruana surpreendeu a estratégia do Chile, que começou a partida mais devagar e demorou a encontrar o ritmo. Mesmo quando o time de Rueda melhorou, os comandados de Ricardo Gareca se mantiveram focados e seguros nas ações ofensivas e defensivas. A displicência de Vargas na cobrança do pênalti que diminuiria a diferença no placar coroou uma noite para se esquecer da La Roja.