Enquanto a situação sobre a volta do futebol não se define no País da Bota, alguns clubes vão começando a ficar com medo sobre voltar a prática do esporte na atual temporada. Nesta sexta-feira, uma reunião está marcada e uma decisão pode ser tomada.
O impacto que o encerramento prematuro do campeonato pode trazer é enorme e os clubes terão que colocar na balança antes de tomar suas decisões. Caso o fim seja declarado, 220 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) de direitos televisivos não serão pagos, causando prejuízo. Veja abaixo como os as entidades pensam a respeito.
GOVERNO ITALIANO
Vincenzo Spadafora, ministro do Esporte, deixou claro esta semana que se não houver possibilidades, a competição será cancelada, independente da vontade dos clubes.
- O Comitê Técnico-Científico está encontrando várias instituições de futebol para analisar o protocolo apresentado. Se um acordo for alcançado, as sessões de treinamento poderão ser retomadas e isso pode ter efeitos positivos no reinício das competições. Caso contrário, o governo anunciará o fechamento - disse Spadafora.
LIGA ITALIANA
A "Lega Serie A", que organiza a competição, tem o desejo de continuar o torneio, mas o presidente da entidade afirmou que só acontecerá caso os órgãos de saúde permitam.
- Estamos abertos ao diálogo construtivo. É um momento tremendo e somente com a união podemos sair disso. Queremos jogar o campeonato de novo, mas se não puder, aceitaremos as decisões do governo - disse Paolo Dal Pino.
FEDERAÇÃO ITALIANA
Na contramão disso tudo, a Federação Italiana de Futebol (FIGC) é totalmente contra o fim do campeonato. De acordo com o presidente do órgão máximo do futebol da Itália, isto seria a "morte do calcio".
- Enquanto eu for presidente da FIGC, nunca assinarei o encerramento dos campeonatos, porque isso significaria a morte do futebol italiano - disse Gabriele Gravina.