Confira como está a cotação dos candidatos à presidência da Fifa
Sheikh Salman e Gianni Infantino são considerado os principais favoritos ao pleito que ocorre no próximo mês, na sede da entidade
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Com a saída definitiva de Platini da disputa pela presidência da Fifa, o L'Equipe fez um estudo sobre as oportunidades do momento dos candidatos para a sucessão de Joseph Blatter. Veja abaixo a análise:
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Sheikh Salman (Bahrein, 50 anos) - Boa chance
Pertence à família real do Bahrein, é presidente da Confederação Asiática e ocupa uma das vice-presidências da FIFA. Apoiava a candidatura de Michel Platini, e quando o francês foi suspenso, tratou de lançar a sua.
Como tem o apoio das federações da Ásia, não pode ser considerado um candidato nanico. E, com a saída de Platini, pode ter no francês um aliado. É muito criticado por causa de sua atuação repressiva quando cidadãos do Bahrein pediram maior democracia no país. Foi um dos principais nomes de apoio à candidatura vencedora do Qatar para a Copa de 2022.
Gianni Infantino (45 anos, Suíça) - Boa chance
O suíço teve carreira meteórica na Uefa e tornou-se o braço direito de Michel Platini, como seu secretário-geral (o que Jerome Valcke era para Joseph Blatter). Quase desconhecido, acabou sendo o nome que o astro francês indicou para substituí-lo interinamente como o candidato da Uefa para a eleição da Fifa em 26 de fevereiro. É considerado um ótimo político e que conhece bem os meandros do futebol, mas pesa contra ele a falta de notoriedade.
Muitos, inclusive, consideram que está na eleição para ganhar prestígio suficiente e, no futuro, buscar o cargo de presidente da Uefa. Precisa ratificar o apoio das federações europeias e buscar o máximo de votos na América para obter a vitória na Fifa.
Tokyo Sexwale (62 anos, África do Sul) - Alguma chance
O sul-africano tem uma vida notável, dessas que viram facilmente um filme holywoodiano. Nasceu no Soweto, favela que foi berço da luta anti-apartheid, e tornou-se membro ativo do Congresso Nacional Africano, sendo preso "companheiro de cela" do grande líder Nelson Mandela. Libertado, tornou-se um empresário de sucesso, magnata da TV e celebridade na África do Sul.
Quando ganhou um cargo no futebol (durante a preparação Copa de 2010) saiu-se bem e pegou o gosto por tornar-se um executivo da bola. Tem ficha limpa e, quando lançou a candidatura, ganhou o apoio de muitos esportistas influentes e que querem mudar a Fifa. Trata-se do maior opositor ao atual status quo e com alguma chance de sucesso caso consiga angariar votos na Europa (diminuindo as chances de Infantino e Salman). Mas a realidade é que tem pouquíssima experiência para a função.
Príncipe Ali Bin Al -Hussein (Jordânia, 39 anos) - Pouca chance
Da família real da Jordãnia e vice-presidente da federação asiática, surpreendeu na eleição passada ao ser o único rival de Sepp Blatter. Teve uma votação expressiva (73 votos contra 133 do suíço). Porém, a votação só foi possível por causa do apoio da Uefa e de parte dos países árabes. Desta vez, não contará com os votos asiáticos (quase todos irão para Salman) e europeus. Deve fazer mera figuração.
Jérôme Champagne (Francês, 57 anos) - Pouca chance
É a grande incógnita. Dos candidatos, é o mais capaz. Com relevante carreira diplomática, trabalhou de 1998 a 2010 na Fifa em cargos de alta importância. Ainda assim, não há nenhum resquício de que ele tenha alguma mancha no esquema de corrupção da Fifa. Na eleição passada, ocorreu com ele o que ocorreu com Zico: tentou ser candidato, mas não teve os cinco votos. Agora, obteve quórum com o aval de Blatter. É o candidato mais próximo da situação, o único que tem a confiança do último presidente da Fifa. Por isso, há muita restrição ao seu nome. Além disso, Champagne é inimigo declarado de Michel Platini e isso compromete qualquer apoio da Uefa. Como não pega votos africanos (Sexwhale), asiáticos (Salman) e europeus, depende quase exclusivamente da força política de Blatter, que pode direcionar seus votos para Salman no caso de observar que Champagne não tenha decolado.
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