Criança é flagrada chamando Vini Jr de ‘macaco’ em Real Madrid x Valencia, por La Liga
Torcedora brasileira flagrou momento do ato racista e foi ameaçada por policiais que trabalhavam no Mestalla
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No sábado (2), o Mestalla foi palco de mais um episódio triste de racismo. Nas arquibancadas, um menino torcedor do Valencia chamou o brasileiro Vini Jr de "mono" - "macaco" em espanhol -, ofensa que se tornou comum nos estádios espanhóis em direção ao camisa 7 do Real Madrid, durante o empate em 2 a 2.
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O vídeo foi gravado por Anna Anjos, brasileira presente no estádio, que imediatamente foi repreendida pela mãe da criança. A mesma ouviu ameaças e ainda relatou que policiais a pediram para "se comportar".
- Quando teve o lance da falta, ouvi um coro com todo esse setor do estádio, atrás do gol, chamando ele de 'mono'. Mas o que mais me incomodou foi uma criança duas cadeiras ao meu lado chamando ele de 'mono' o tempo todo. É algo tão recorrente para eles, tão normal, que a mãe me disse que não era ofensa. Que só estavam chamando ele de um animal. Comemorei quando ele marcou o segundo gol. Foi como uma resposta para todas aquelas ofensas. Mas logo depois disso elas aumentaram ainda mais. Foi quando fiz o vídeo. Chamaram polícia, segurança e tudo. Chorei muito depois do jogo. Me senti extremamente ameaçada e ninguém fez nada para me defender. Todo mundo achou que eu era a errada da situação. Me senti bastante ameaçada e com medo. Me tocaram, e era um homem. Eu disse que ele não poderia e que não tinha o direito de me tocar - afirmou Anna.
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Veja abaixo como foi a situação e o relato completo de Anna:
No Mestalla, não é a primeira vez que Vinícius é hostilizado por valencianos. Em 2023, o jogador escutou cânticos e ofensas racistas vindas de boa parte dos torcedores presentes no local, e chegou a identificar alguns deles. O caso levou a grande repercussão no mundo, e gerou a Lei Vini Jr, que garante a realização dos protocolos de racismo nos estádios do Rio de Janeiro e da Paraíba.
Antes da partida contra o Real de Vini Jr, o Valencia também havia comprado a briga e bateu de frente com a Netflix. A produtora, que está preparando um documentário sobre o atleta, foi impedida pelo clube de entrar no estádio para gravações na partida, alegando que os direitos de imagem do confronto seriam mantidos para si e para a direção de La Liga.
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