Defesa sólida e opções ofensivas: como o River chega para a decisão
Marcello Gallardo faz mistério quanto a titulares e esquema para a partida derradeira diante do Boca Juniors. No entanto, treinador não deve mudar radicalmente em Madri
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Quando dizem que equipes se formulam de trás para frente, não é coincidência. Muito menos quando se trata do River Plate de Marcelo Gallardo. Sem tantas variantes ofensivas devido a suspensão de Borré e o estado físico de Mora, Quintero e Scocco, a solidez defensiva será um de seus pilares neste domingo, na grande final da Copa Libertadores, às 17h30 (horário de Brasília), no Santiago Bernabéu.
O técnico millonario segue juntando detalhes para definir se repetirá o mesmo esquema do jogo de ida, 5-3-2, ou se incluirá uma linha de quatro jogadores no meio de campo. Afinal, o contexto seria outro. O rival Boca Juniors contará com a volta de Pavón, que se recuperou de lesão, e é o jogador com maior poderio ofensivo no adversário. O River deverá se disponibilizar para anular a velocidade característica do elenco xeneize.
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A lesão de Scocco e a suspensão de Borré abrem uma lacuna importante na equipe titular de Gallardo. Uma das possibilidades seria não jogar com um segundo atacante, mas apostar numa linha mais composta no meio. Outra alternativa seria adotar o esquema com cinco defensores e três centrais como foi na partida de ida na Bombonera. As variantes no ataque seriam: Pratto, Mora e Júlian Álvarez. O primeiro é titular absoluto, marcou contra o Boca no jogo de ida e esteve presente em todos os jogos da Libertadores. O segundo tem apenas 18 anos e um gol marcado em amistosos. Apesar de jovem, poderá ser a grande arma secreta de Gallardo. O atacante possui um grande talento na cobrança de pênaltis.
- É um jovem que está evoluindo bem e quero que ele esteja por perto para que eu possa viver essas experiências, é um jogador que tem hierarquia e há uma semana ganhou uma disputa de pênaltis. Pode ser efetivo - definiu Gallardo.
Na identidade do treinador, os volantes trabalham com o avanço dos laterais para que a bola chegue ao ataque. Montiel é importante na parte ofensiva da equipe, sobretudo sem a bola, quando dá amplitude ao setor. Na falta dos pontas, tanto ele como Casco são os que devem se projetar dando suporte à frente. Pity Martinez, como Armani, terá todos os olhos voltados para sua atuação. Gallardo o terá como sua principal arma ofensiva. Ótimo no mano a mano, teve bom desempenho nos últimos super clássicos com gols vitais e rendimento superlativo. O treinador também desempenha seu estilo através do toque, é obsessivo no quesito e, hoje, sua prioridade é que o River monopolize o controle da bola contra qualquer rival. Igualmente, a alta pressão, identidade millonaria, gerou problemas aos xeneizes nos últimos clássicos. Não permitiu espaços para que o Boca construísse seu jogo, obrigando seus defensores à ligações aéreas.
A equipe titular poderá ser composta por Franco Armani; Gonzalo Montiel, Jonatan Maidana, Javier Pinola, Milton Casco; Enzo Pérez, Leonardo Ponzio; Nacho Fernández ou Martínez Quarta, Exequiel Palacios, Gonzalo Martínez e Lucas Pratto. Nacho Scocco se recupera de seu desconforto na panturrilha direita e será dúvida até o último momento.
Além disso, Gallardo não buscará apenas pelo título. Na Liga Argentina, o River ocupou o oitavo lugar, não conseguindo desta maneira a classificação para a edição da Libertadores de 2019. Sua eliminação nas semifinais da Copa Argentina também impediu sua segunda via de acesso. Contra o Boca, neste domingo, a equipe millonária terá uma terceira e última chance de se manter na disputa pelo torneio sul-americano do ano que vem. Além da classificação, os "efeitos colaterais" que teriam ao perder a final, multiplica o desejo de ganhar por parte de toda comissão do River Plate.
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