Do ‘luxo ao lixo’: como o Leicester foi de campeão inglês a rebaixado na Premier League
Foxes haviam se consolidado como clube principal 'pequeno' da Inglaterra, mas temporada desastrosa termina em rebaixamento inevitável
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A vitória do Leicester por 2 a 1 sobre o West Ham neste domingo, no King Power, em jogo válido pela última rodada da Premier League 2022/23, não foi suficiente para evitar o rebaixamento do clube para a Championship, a segunda divisão do futebol inglês.
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Mas não faz muito tempo que o Leicester viveu grandes momentos em sua história e era um "intruso" entre os gigantes da Inglaterra. Como se esquecer da histórica Premier League de 2015/16, conquistada pelos Foxes? Na temporada seguinte, o clube chegou até a disputar as quartas de final da Champions League, caindo diante do Atlético de Madrid.
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Em 2021, dois anos atrás, venceu a Copa da Inglaterra, batendo o Chelsea (aquele que viria a ser campeão europeu contra o Manchester City) em Wembley na decisão. São feitos gigantes para um clube que se acostumou a estar na elite. Mas afinal, o que aconteceu? Confira no L! alguns fatores que podem ter levado o Leicester City do paraíso ao inferno em tão pouco tempo.
FALTOU OU 'SOBROU' AMBIÇÃO?
É comum na Inglaterra que torcedores de clubes rebaixados aleguem que faltou ambição às equipes na temporada. Mas, conforme pontuado pelo site "The Athletic", o caso do Leicester é justamente o oposto. Após a conquista da Premier League em 2015/16, os Foxes se acostumaram com o estrelato. Era meta constante dos dirigentes "atrapalhar" o Big Six e estar sempre nas primeiras posições.
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Reforços caros começaram a chegar, o Leicester transformou Brendan Rodgers no técnico mais bem pago da história do clube. Nas temporadas 2019/20 e 2020/21, os Foxes fracassaram em garantir vaga na Champions League, o que era fundamental para o planejamento financeiro da gestão.
PANDEMIA
A pandemia da Covid-19 atrapalhou os planos de todos os clubes de futebol do planeta. Mas no caso do Leicester, pode-se dizer que foi um dos mais afetados em toda a Premier League. O clube entrou na mira do Fair Play Financeiro da Uefa, por conta de salários elevados e maiores do que o próprio orçamento do clube poderia lidar.
A solução? Saída de alguns jogadores importantes, tendo como caso mais emblemático o goleiro Kasper Schmeichel, ídolo do Leicester e símbolo da geração mais vitoriosa da história do clube. O dinamarquês deixou o King Power rumo ao Nice e a diretoria não soube como repor seu goleiro à altura.
LESÕES
Um dos maiores fantasmas do Leicester na desastrosa temporada 2022/23 certamente foi o elevado número de lesões. O capitão Jonny Evans e o artilheiro histórico Jamie Vardy passaram boa parte da jornada no departamento médico. Albrighton, outro nome de peso no clube, foi emprestado ao West Bromwich. Com isso, as opções de Brendan Rodgers eram poucas e o treinador, que já alertava sobre os perigos que o Leicester vivia, não resistiu e foi demitido em abril, sendo substituído por Dean Smith.
'GRANDE DEMAIS' PARA CAIR?
Internamente, havia um sentimento de que o Leicester, por pior que fosse o momento, não cairia para a segunda divisão, por ser "rico e grande demais" para isso. Afinal, existiam times piores. Não era o caso. Equipes com o orçamento inferior, como Brighton, Wolverhampton e Fulham fizeram campanhas muito superiores.
O faturamento do Leicester na temporada 2021/22 foi o segundo maior fora do Big Six, no valor de 128,6 milhões de libras, além de ser o 9º clube com maior valor de mercado da Premier League. Nada disso foi suficiente para manter um clube, refém de suas próprias ambições, na elite do futebol inglês.
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