O Paris Saint-Germain, em mais um início de temporada nacional, já lidera com folga o Campeonato Francês. A equipe recheada de estrelas, da defesa ao ataque, já trucidou alguns adversários que apareceram pelo caminho, aplicando sonoras goleadas, casos dos jogos contra Saint-Éttiene, Reims, Amiens e Lyon — este último, rival mais parelho, que também disputa a Champions League nesta temporada.
Apesar de novamente colecionar muitas vitórias em sequência e liderar com sobras o principal torneio do país em disputa, o PSG tem novidades para o novo ciclo, e elas passam por alterações dentro e fora das quatro linhas. Após duas temporadas no comando da equipe parisiense, o técnico espanhol Unai Emery anunciou a saída do clube ao não conseguir conquistar o objetivo máximo do Paris Saint-Germain já há alguns anos, o título da Liga dos Campeões — mesmo que tenha vencido outras taças em sua passagem pela capital francesa.
Para seu lugar, o time francês foi atrás do alemão Thomas Tuchel, ex-técnico do Borussia Dortmund. O treinador é conhecido por ser um estudioso, dos mais promissores de sua geração, além de adotar um estilo “linha-dura” com seus atletas. O objetivo, além de uma mudança tática e de ânimos no elenco, era também de postura. De acordo com críticos na imprensa, o PSG estava precisando de mais “pulso firme” na gestão de um grupo cheio de estrelas, principalmente no relacionamento com o já experiente — e ainda jovem — Neymar, ou Mbappé, há pouco tempo na maioridade. Para ajudar Tuchel na tarefa de liderar a nova fase, chegou Buffon, aos 40 anos de idade e aparente disposição para continuar a carreira.
Foi justamente em Neymar que Tuchel aplicou uma das mudanças mais notáveis dentro de campo até o momento. Frequentemente escalado na ponta esquerda do ataque, mais próximo da área e com forte apelo para finalizar, o camisa dez do Brasil agora cumpre uma função um pouco diferente. Foi posto um pouco mais para trás, na faixa de meio campo, e tem uma tarefa também de armar o jogo, municiando o ataque formado por Mbappé, Cavani e Di María — de volta à equipe titular nesta temporada, um resgate de Tuchel. “É definitivamente claro que pode jogar pela esquerda ou no meio. São recursos que somente jogador desse porte pode conseguir”, declarou o treinador alemão, ao falar sobre o craque brasileiro.
A BUSCA PELA CHAMPIONS
Com poder de investimento cada vez maior, principalmente após a chegada do milionário Nasser Al-Khelaifi, a meta do PSG é cada vez mais a Liga dos Campeões. Nas últimas duas temporadas, os parisienses foram eliminados por gigantes espanhóis, Barcelona e Real Madrid, respectivamente. A alta cúpula do clube, imprensa e críticos entendem que apenas as conquistas locais são muito pouco para um time que conta com a velocidade de Mbappé, os fortes cabeceios de Cavani e habilidade de Neymar. Sorteado nesta temporada em um grupo com Liverpool, Napoli e Estrela Vermelha, o Paris não pode desperdiçar vitórias em seus jogos se quiser passar para a fase seguinte e ganhar força durante a competição. Já perdeu pontos para o Liverpool e para o Napoli. A equipe de Tuchel e Neymar ainda precisa melhorar se quiser realizar o maior sonho, um desejo antes distante e que em breve pode se tornar realidade.