Em carta, Real Madrid acusa federação de perseguição e cobra mudança drástica
Em meio às polêmicas recentes, clube merengue emitiu forte comunicado à RFEF
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A arbitragem espanhola tem sido um motivo frequente de reclamações de jogadores, torcedores e dirigentes do Real Madrid na temporada 2024-25. Após a derrota por 1 a 0 contra o Espanyol, fora de casa, pela 22ª rodada da La Liga, a relação do clube com a RFEF, Federação de Futebol Espanhola, chegou ao ápice do desentendimento.
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As reclamações envolvendo a atuação dos árbitros Muniz Ruiz, de campo, e Javier Iglesias Villanueva, líder do VAR na partida do RCDE Stadium escalaram a ponto do Real Madrid enviar uma dura carta à federação espanhola, emitida na tarde desta segunda-feira (3). O estopim foi a não expulsão de Carlos Romero em uma entrada violenta em Kylian Mbappé, no segundo tempo do jogo. O lateral, mantido em campo após atingir Kylian Mbappé com as travas da chuteira, foi autor do gol que sacramentou a derrota merengue nos acréscimos.
As posições do clube foram claras com relação ao episódio: o site oficial do clube estampou a imagem da entrada no astro francês, acompanhada dos dizeres "Um escândalo mundial".
Real Madrid detona arbitragem e cobra federação espanhola
O Real Madrid, revoltado com o que considera ser uma "perseguição" da arbitragem, enviou uma carta ao presidente da RFEF, Rafael Louzán, com cópia para o Conselho Superior do Desporto, com o tema "protesto formal contra o sistema de arbitragem". A atuação dos juízes na derrota contra o Espanyol foi caracterizada com "escandalosa", e o sistema de arbitragem, definido como "completamente desacreditado".
— Os fatos ocorridos nesta partida ultrapassaram qualquer margem de erro humano ou interpretação do árbitro. O que aconteceu no RCDE Stadium representa o ápice de um sistema de arbitragem completamente desacreditado, em que as decisões contra o Real Madrid atingiram um nível de manipulação e a adulteração da competição não pode mais ser ignorada. As duas decisões de arbitragem mais graves desta partida revelaram mais uma vez os padrões duplos com que o Real Madrid é arbitrado.
A segunda decisão apontada no início do protesto diz respeito a um acontecimento no primeiro tempo de jogo. O Real Madrid acredita que o gol de Vini Jr. foi anulado de forma incorreta pela identificação de uma falta cometida por Mbappé no início da jogada. Apesar disso, a falta em Mbappé seguiu como ponto focal das reclamações com relação aos juízes.
— A entrada brutal sobre Kylian Mbappé, por trás, na panturrilha e sem qualquer possibilidade de disputa de bola, sofrida aos 60 minutos do jogo pelo jogador do Espanyol que acabaria mais tarde marcando o gol. O gol da vitória de sua equipe, merecedor de expulsão imediata como a imprensa mundial demonstrou, terminou com a decisão do árbitro, Alejandro Muñiz Ruiz, de mostrar apenas o cartão amarelo sem o VAR, com Javier Iglesias Villanueva como responsável, interveio para corrigir uma decisão claramente errônea, deixando impune uma agressão que em qualquer outra competição teria levado a uma sanção exemplar.
— Dada a gravidade do ocorrido, o Real Madrid exige que a RFEF entregue imediatamente os áudios do VAR relativos aos dois lances-chave da partida: os áudios da comunicação entre o VAR e o árbitro de campo no ato da entrada de Carlos Romero no Kylian Mbappé; as gravações de áudio da comunicação entre o VAR e o árbitro de campo na jogada do gol anulado por Vinicius Jr.; as conversas entre os membros da sala do VAR em ambas as jogadas.
Em meio às reclamações e acusações de manipulação para prejudicar o Real Madrid, o clube cobrou que a federação lidere uma renovação no quadro de árbitros do país, e que considera o sistema espanhol "completamente falho". O clima nos corredores do Santiago Bernabéu era de incredulidade após o apito final de Muniz Ruiz no RCDE Stadium; Ancelotti, treinador da equipe, liderou as cobranças na coletiva de imprensa, ao julgar "inexplicável" a atitude do árbitro de não expulsar Carlos Romero. Segundo o AS, da Espanha, jogadores merengues assistiram ao lance pelo celular e se revoltaram.
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