Esnobada em 2017, melhor do mundo em 2018: o que mudou para Marta?
Atacante brasileira venceu sexto prêmio de melhor jogadora do mundo nesta segunda-feira; no The Best de 2017, entretanto, Marta sequer figurou no top 10 da Fifa
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Na última segunda-feira, Marta entrou de vez para a história do futebol ao vencer seu sexto prêmio de melhor jogadora do mundo na cerimônia The Best, da Fifa. Com a honra, a brasileira tornou-se recordista em número de prêmios individuais, tanto entre homens quanto entre mulheres - Cristiano Ronaldo e Messi, seus concorrentes, têm cinco cada.
Entretanto, há um ponto que chama a atenção no prêmio dado a Marta: em 2017, ela sequer esteve na lista top 10 da Fifa. De 'esnobada' na temporada passada a melhor do mundo em 2018, o que mudou? O LANCE! traz estatísticas e compara as atuações da Rainha nos últimos dois anos de futebol.
O retrospecto de Marta no prêmio de melhor do mundo
2018 marca a primeira vez que Marta não é indicada ao prêmio no ano anterior e então vence o prêmio na temporada seguinte. Em 2015, ela também ficou fora da lista da Fifa, mas não triunfou em 2016 - ela ficou em segundo, atrás de Carli Lloyd. A americana recebeu 20,68% dos votos, enquanto a brasileira ficou com 16,60%.
A Fifa deu início ao prêmio de melhor do mundo em 1991. Entretanto, à época, a cerimônia era exclusivamente masculina - jogadoras só passaram a ser reconhecidas a partir de 2001. Em 18 cerimônias, Marta ficou no top 3 de jogadoras em 12 delas.
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A primeira indicação de Marta ao prêmio de melhor jogadora do mundo foi em 2003, quando ela ainda tinha 17 anos. Na ocasião, a camisa 10 ficou na décima colocação da lista com 12 indicadas, empatada com a alemã Silke Rottenberg. Em 2004, a brasileira pulou para a terceira posição; em 2005, subiu à segunda.
A hegemonia de Marta começou em 2006, marcando o primeiro dos cinco títulos consecutivos da Rainha. Em 2011 e 2012, ela ficou em segundo (perdendo para Homare Sawa e Abby Wambach, respectivamente). Após breve queda à terceira posição em 2013, a atacante voltou a aparecer na segunda colocação em 2014, atrás da alemã Nadine Keßler.
Mudanças entre 2017 e 2018
Na temporada 2016/2017, sua última pelo Rosengard, Marta atuou em 26 jogos pelo clube sueco - um pela Supercopa da Suécia, 19 pela Damallsvenskan (a principal liga de futebol feminino da Suécia) e seis na Liga dos Campeões. Ao todo, foram 13 gols marcados.
O prêmio de melhor jogadora do mundo veio após a temporada 2017/2018, a primeira de Marta com a camisa do Orlando Pride, dos Estados Unidos. A Rainha foi a artilheira da NWSL, a primeira divisão feminina de futebol na terra do Tio Sam, com 13 gols marcados. Vale destacar, ainda, o número de assistências: foram seis, deixando a brasileira na terceira colocação no quesito. A atacante também foi destaque na seleção do campeonato, figurando entre as 11 melhores jogadoras do torneio americano.
Prêmio dado a Marta não é unanimidade
A briga pelo prêmio de melhor jogadora em 2018 foi bem mais apertada que na premiação masculina. Marta foi vencedora com 14,73%, seguida pela alemã Dszenifer Maroszán com 12,86% e a sueca Ada Hegerbeg com 12,60%. Megan Rapinoe ficou em quarto com 11,64% e Pernille Harder em quinto com 10,08%.
As concorrentes da Rainha, na verdade, eram tidas como favoritas ao prêmio The Best. Ada Hegerberg foi a artilheira da Liga dos Campeões 2017/2018, em que sagrou-se campeã com o Lyon, com 15 gols marcados. O número de tentos da sueca é recorde no torneio europeu feminino.
Dszenifer Marozsán, por sua vez, também participou da conquista europeia com o Lyon. A meia ainda foi peça-chave na campanha da Alemanha por uma vaga na Copa do Mundo Feminina de 2019.
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