Eurocopa e Copa América têm atletas acima dos 33 anos como destaques

Com preparações mais modernas, carreiras longevas em alto nível tem sido mais comuns

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Cristiano Ronaldo em treino de Portugal (Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP)

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Na última semana, na Alemanha, a Eurocopa deu início às competições internacionais que serão disputadas nos próximos meses. O campeonato europeu será sucedido e disputado em paralelo com a Copa América, que começará nesta quinta-feira (20), nos EUA, com o confronto entre Argentina e Canadá. Ambas as competições têm finais programadas para o dia 14 de julho.

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Uma das grandes novidades das atuais edições das disputas internacionais é a quantidade de jogadores acima dos 33 anos, idade considerada como avançada dentro do futebol. Nomes consagrados como Eric Cantona, Philip Lahm e Michel Platini penduraram as chuteiras antes mesmo de atingirem o número.

Nesta edição da Eurocopa, jogadores como Cristiano Ronaldo (39), Manuel Neuer (38), Luka Modric (38) e Robert Lewandowski (35) chegam para comandar suas respectivas seleções apesar da alta idade. O mesmo ocorre na Copa América, com atletas como Lionel Messi (36), Ángel Di María (36), Alexis Sánchez (35) e outros sendo apontados como pilares das equipes na busca pelo título.

Para Flávia Magalhães, médica do esporte e especialista em fisiologia do exercício, a longevidade dos jogadores de futebol pode ser explicada por alguns fatores que foram aprimorados nos últimos anos:

- Ao longo do tempo, os atletas de alta performance, especialmente no futebol, entenderam que o corpo é a ferramenta de trabalho e que um cuidado especial com a saúde pode prolongar os anos em alto nível. Coisas simples, como manter um bom ritmo de sono, uma nutrição adequada, realizar uma recuperação dedicada após jogos e treinos, e sempre cuidar dos sistemas musculoesquelético, cardiorrespiratório e do metabolismo, tende a aumentar o período que estes jogadores terão para atuar - explica a doutora.

Messi-Argentina
Messi é um dos veteranos que disputaram a Copa América, que, junto à Eurocopa, têm presensa marcante de jogadores mais velhos (Foto: Divulgação / Argentina)

Além de se beneficiarem prolongando as próprias carreiras, jogadores mais velhos e consagrados também trazem mais atenção das mídias e dos torcedores para as competições, aumentando o apelo para cada confronto, como na Eurocopa e na Copa América.

- De tempos em tempos, grandes competições internacionais permitem aos torcedores acompanharem grandes atletas e jogos do mais alto nível. Com jogadores consagrados, o espetáculo ganha ainda mais apelo por ser possivelmente o último torneio internacional e a última chance de ganhar um título, além de ser uma oportunidade da torcida assistir aos nomes que dominaram o cenário mundial nos últimos anos - comenta Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo e sócio-fundador da agência Wolff Sports.

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