Ex-Botafogo, Bruno Lage detona Benfica em áudio vazado e se retrata; ouça
Técnico português vive período de instabilidade nos resultados
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O Benfica organizou uma conferência de imprensa no campus do clube português, neste domingo (26), com a presença de figuras importantes da instituição. O objetivo do encontro foi abordar os comentários de Bruno Lage em um áudio vazado após a derrota para o Casa Pia, no sábado (25), pela 19ª rodada da Primeira Liga, que causou grande repercussão. Segundo o jornal "A Bola", a conferência permitiu que o técnico esclarecesse sua visão sobre o momento atual da equipe e expectativas para o futuro.
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Na intenção de abordar a polêmica, o português Bruno Lage esteve presente ao lado do presidente Rui Costa, o diretor esportivo Rui Pedro Braz e o diretor-geral para o futebol, Lourenço Coelho. O treinador explicou que decidiu falar diretamente com a imprensa após a divulgação do áudio, onde conversava com adeptos do Benfica.
- Esta conferência deve-se exatamente ao áudio publicado. Esta conferência deve-se exatamente a uma conversa que eu pensava ser privada com o conjunto de adeptos que estava à nossa espera na chegada a Lisboa. Foi uma conversa que eu pensava privada, veio público e estamos aqui para esclarecermos tudo sobre essa conversa - explicou Lage.
Ele enfatizou a importância de estar próximo dos torcedores e esclarecer quaisquer mal-entendidos causados pelo áudio. Durante a conferência, o Bruno Lage respondeu a perguntas sobre críticas à direção do clube, ao comprometimento dos jogadores e à atuação da equipe. Lage assumiu a responsabilidade pelos resultados negativos, mas defendeu a necessidade de exigência máxima dos jogadores para a evolução do time.
- Que fique bem claro que a responsabilidade por ontem e pelo fracasso é do técnico. Minhas exigências aos jogadores devem ser máximas. Há uma frase que sai de um áudio de um minuto e meio, que é a seguinte. O que eu disse sobre a situação de não saltar vem de um contexto que eu tinha acabado de dizer na coletiva de imprensa. Uma equipe que chega ao primeiro lugar não pode sofrer os gols que estamos sofrendo. Desde o momento em que alcançamos o primeiro lugar até hoje, não podemos sofrer esses gols. Alguns de pênaltis e outros de bolas paradas em que não saltamos - comentou o técnico, e completou:
- Nunca foi porque os jogadores não lutaram, correram ou saltaram. Foi uma situação de bola parada em que não pulamos. Além disso, e antes que isso se torne público, tudo é apontado para os jogadores. É sempre uma análise crítica que fazemos individual e coletivamente dos erros que cometemos. E cabe a mim criar todas as condições para continuar a desenvolver a equipe naquilo que eu acho que não está certo.
Um dos tópicos mais discutidos foi a menção de Lage a jogadores que custaram 20 milhões de euros, como Kokçu e Arthur Cabral, e a pressão para que demonstrassem seu valor em campo. O treinador esclareceu que suas palavras foram tiradas de contexto e afirmou que nunca se sentiu obrigado a escalar jogadores por conta de seus valores de mercado.
- A questão dos 20 milhões vem de uma conversa que vem de longa data, um dos torcedores disse que estamos em uma época em que a maioria dos jogadores custa 20 milhões de euros, e eu usei essa frase. E a intenção, normalmente, quando os torcedores estão chateados, eles dizem para tirar esses jogadores e colocar os garotos. E eu quis dizer isso, pelo menos para que eles entendam um pouco, e usei os 20 milhões como exemplo, porque seja 20, 10 ou 5, você tem que levar em conta o preço de mercado de qualquer jogador que esteja aqui - explicou Lage.
- Temos um jogador que, por algum motivo, passa a jogar no time B. Então, desvalorizamos o jogador. Esse é o ponto que eu queria mostrar aos torcedores, que as coisas não são feitas dessa forma. E o presidente está aqui na minha frente, ele nunca me pediu para jogar com o jogador A, B ou C. Eu tenho total liberdade e sou o responsável por escolher os onze, a estratégia, e sou o maior responsável pelo insucesso - completou.
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