‘Fantasma’ da semi e revanche: Peru quer reverter histórico e ir à final
Seleção peruana tem retrospecto ruim na fase da Copa América e pode devolver derrota ao Chile. Jogo será nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre
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O Peru não quer relembrar os resultados das semifinais da Copa América em que participou para não refletir no embate desta quarta-feira. Pelo confronto de mata-mata, a seleção foi eliminada em cinco ocasiões (1979, 1983, 1997, 2011 e 2015) nesta mesma fase. Mas se formos contar toda a história do torneio, o número cresce ainda mais: 13 eliminações. A último por exemplo, foi contra o Chile, que coincidentemente será o próximo adversário. Caso conquiste a vitória, os Incas podem sentir um gostinho de revanche e acabar com sina da semifinal.
A seleção peruana foi campeã apenas duas vezes na Copa América, em 1939 e 1975. Para enfatizar o drama, a última final dos peruanos foi no segundo triunfo em sua história, ou seja, somente em 1975, o que corresponde a 44 anos de jejum da competição.
Em 2015, a seleção peruana, que já era comandada por Ricardo Gareca, entrou no Grupo C, onde o Brasil fez parte e avançou em primeiro lugar. Os peruanos, por sua vez, conquistaram a classificação suada ao ficarem na segunda posição, com quatro pontos, e avançarem graças ao saldo de gols superior à Colômbia. Posteriormente, pelas quartas de final, os Incas venceram a Bolívia por 3 a 1, com gols de Guerrero, Farfán e Edison Flores. De pênalti, Marcelo Moreno, fez o gol de honra para os bolivianos.
Com a vaga garantida para a semifinal, o Peru se viu a frente do Chile e acreditou na esperança de conquistar o título após 40 anos. Porém, não foi o dia. Logo aos 20 minutos do primeiro tempo, Zambrano foi expulso e mudou o estilo de jogo dos peruanos. Deste modo, La Roja adotou uma postura ofensiva, aproveitou o maior número de jogadores em campo e saiu na frente com gol de Eduardo Vargas.
Na volta para a segunda etapa, a equipe de Jorge Sampaoli, que atualmente no Santos, fez um gol contra marcado por Medel. No entanto, a recuperação veio quatro minutos depois, com Vargas, que selou a vitória dos chilenos e a classificação à final, onde veria ser campeão sobre a Argentina nos pênaltis.
Quatro anos antes, em 2011, na Argentina, o Uruguai foi a pedra do sapato dos peruanos. Antes de chegar à semifinal, teve que passar pelo grupo formado por Chile, Uruguai e México. A seleção peruana não teve um bom rendimento e terminou na terceira posição. Consequentemente, foi para o grupo dos melhores terceiros colocados e acabou avançando em primeiro.
Nas quartas de final, o Peru conquistou uma vitória complicada sobre a Colômbia pelo placar de 2 a 0, gols marcados por Lobatón e Vargas, na prorrogação. Na sequência, a Celeste foi imperdoável, especialmente no segundo tempo, quando fez dois gols, com Luis Suárez. E os peruanos amargaram mais uma vez a eliminação.
Em 1997, quando o torneio foi realizado na Bolívia, os peruanos ganharam destaque nas quartas de final por terem passado pela Argentina. Na sequência, o Brasil foi que estragou o sonho da conquista taça sul-americana e acabaram perdendo por 7 a 0.
Voltando ainda mais ao passado, mais precisamente em 1979, o Chile derrotou o Peru pelas semifinais. Na época, eram realizados dois jogos: a partida de ida terminou 2 a 1 para Roja e a de volta acabou empatado pelo placar zerado. No agregado, deu o Chile. Isto pode ser mais uma injeção de ânimo para a Branquivermelha buscar uma possível revanche.
Um número que pode aliviar os Incas é a conquista do terceiro lugar. Somando todas as participações, desde a criação da Copa América, foram oito vitórias, na terceira colocação e cinco, na quarta posição. Isto pode ser um pequeno ânimo para os peruanos para o confronto contra o algoz Chile. Na Arena do Grêmio, as seleções se enfrentam, às 21h30, pela semifinal da disputa. O LANCE! acompanha o duelo em tempo real.
A reportagem ainda entrou em contato com jornalistas peruanos para falarem da expectativa dos torcedores para o confronto e como lidar com a superioridade chilena. Confira as respostas dos radialistas.
COM A PALAVRA...
Anderson Lopez, da Rádio Ovación, do Peru, comentou a expectativa para o duelo. O jornalista destacou a questão ofensiva formada por Guerrero, uma espécie de 'homem-gol' para a seleção. Além disso, ressalta que a realidade é outra
- Para o Peru não é uma revanche, mas sim um desafio. A classificação é uma oportunidade para uma 'nova' final da Copa América. Poderíamos dizer que esse seria o primeiro desta época para um grupo de jogadores muito batidos. Atualmente, com Ricardo Gareca, que sabe que cada jogador não salvaria nada para enfrentam o Chile. Hoje, a seleção sabe se defender porque se nomearmos cada defensor, mesmo em adaptação. Não temos Ramos nem Rodriguez. A pequena experiência de Abraham ao lado do experiente Carlos Zambrano torna-se um dos pares centrais que está se consolidando.
- Nosso principal expoente é Guerrero, mas há Flores, Cueva ou Carrillo, que está sozinho na área e terá a pressão de um país inteiro, que política e socialmente, está tentando chegar à frente. Se o Peru tem mais um jogo. A realidade diz que não merecemos estar entre os quatro melhores da América do Sul, mas, como dizem por aí: isto é futebol.
Além dele, Pablo Quezada, da Rádio, 'De Media Punta' está mais entusiasmado com a seleção comandada por Gareca. Ele acredita que vai ter revanche.
- A equipe peruana já está pronta para enfrentar o Chile. O jogo coletivo dos brancos e vermelhos mostrou um bom controle em sua ideia. Tapia e Yotún são os indicados para fazer a transição do meio campo junto a Cueva, podem desequilibrar em campo. Carrillo e Flores seriam velozes para aproveitar o nosso atacante Paolo Guerrero. O Peru deve ir em busca da revanche. Ricardo Gareca já está finalizando detalhes para enfrentar a partida. Ele estaria repetindo o mesmo contra o Uruguai, onde conseguiu o passe para as semifinais da Copa América.
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