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Fred Caldeira analisa chegada de Rúben Amorim ao United: ‘Cenário não é simples’

Em exclusiva ao Lance!, correspondente da TNT projetou o trabalho do treinador

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imagem cameraRúben Amorim, treinador do Manchester United (Foto: Oli Scarff/AFP)
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Rafael Lopes
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porLance!
Dia 30/11/2024
07:15
Atualizado em 29/11/2024
23:15

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O time do Manchester United recebeu uma injeção de ânimo em meio à temporada 2024-25. Rúben Amorim, treinador sensação do futebol europeu no ano, deixou o Sporting e assinou com os Red Devils até 2027, com opção de renovação por mais um ano. O movimento da diretoria foi encarado com alívio, afinal, o tão criticado Erik ten Hag dava lugar a um nome promissor no cenário de treinadores.

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Porém, é preciso ter calma e paciência com a mudança no comando em Old Trafford. É o que afirma Fred Caldeira, correspondente da TNT Sports na Inglaterra e com anos de experiência no futebol do país. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o jornalista analisou o impacto de Amorim no Manchester United e ressaltou que pode ser precipitado esperar que os frutos do trabalho sejam vistos em 2024-25.

-Na minha opinião, a diretoria errou em renovar com o Ten Hag, mas trouxe um cara interessante no Rúben Amorim. O problema é que ele está tentando mudar tudo, e tem que mudar mesmo, mas está fazendo isso no meio da temporada. Então, não sei até que ponto é factível a gente pensar em colocar o United na briga pelo top-4 da Premier League, por exemplo. O elenco não foi montado por ele e, por exemplo, está jogando pela primeira vez, desde o Louis Van Gaal, com três zagueiros na linha defensiva - ponderou o jornalista.

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A adaptação pode levar tempo. Nos dois jogos sob o comando do português, o Manchester United soma um empate contra o Ipswich Town, pela Premier League, e uma vitória suada diante do Bodo/GLIMT, pela Europa League. A tendência é que, pouco a pouco, a metodologia do treinador seja assimilada pelos jogadores. Bruno Fernandes e Diogo Dalot, compatriotas de Amorim no elenco, podem ser cruciais neste sentido.

Neste período, o Manchester United enfrentará desafios para se estabelecer como uma potência da Premier League. Além da incerteza sobre o caixa disponível para investimentos nas próximas janelas de transferência, o comandante terá pela frente a forte concorrência de equipes mais consolidadas.

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-Me parece que o United foi bem na escolha dos diretores, antes da decisão do Amorim, e agora foi bem na escolha do treinador, porém, temos o City do Guardiola, o Arsenal do Arteta e o Liverpool do Slot na briga. O grande problema da Premier League é que para você renascer, você não tem só um, dois ou três rivais, você tem mais que isso. Até o Chelsea do Enzo Maresca tem se mostrado muito interessante. Não é um cenário simples para o Amorim, não - finalizou Fred.

Jogadores do Manchester United comemoram gol na Europa League (Foto: Oli Scarff/AFP)
Jogadores do Manchester United comemoram gol na Europa League (Foto: Oli Scarff/AFP)

A busca por um novo Manchester United

Porém, para pensar na volta por cima, é preciso trabalhar para mudar a situação de momento, que reflete perfeitamente a instabilidade do Manchester United. O time é 12º colocado na Premier League, com quatro vitórias, quatro derrotas e quatro empates até aqui: o momento é contrastante com a história gloriosa dos Red Devils, no entanto, tem se tornado cada vez mais comum ver o time distante da briga por títulos nos anos recentes.

Fred Caldeira acredita que a mudança na diretoria do Manchester United, que acabou com a gerência da família Glazer sobre o futebol do clube e trouxe o magnata Jim Ratcliffe para o comando, pode ser um sinal de melhora no cenário esportivo. O repórter afirma que a decisão pela contratação de Amorim é uma pista dessa troca de direção na gestão do futebol, e analisa que a saída de Alex Ferguson, em 2013, não foi bem gerida pelos diretores e causou um problema encarado até dias recentes.

-O Ferguson sai do United em 2013 sem que o clube tivesse preparado para uma passagem de bastão. Com a saída dele, junto do David Gill, dois caras que centralizavam muito as decisões do clube, o United passou por uma década de decisões erradas, muito por conta de ter na cabeça do futebol, uma galera que entendia de banco, que era a família Glazer.

-Quando você pega os treinadores pós-Ferguson, exceto o Ten Hag, que foi uma aposta interessante, por mais que não tenha dado certo, temos Van Gaal, um grande treinador, mas que já estava em decadência, Mourinho a mesma coisa, o David Moyes foi uma escolha do próprio Ferguson que deu errado, Solskjaer, Rangnick... hoje, temos uma nova diretoria e um novo treinador.

Na liderança de Rúben Amorim, o Manchester United segue na busca por engrenar no Campeonato Inglês. No domingo (1), o time entra em campo e visita o Everton, pela 13ª rodada da liga.

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