Futebol francês tenta retomar a rotina e superar o medo
Bola voltou a rolar na sede da próxima Eurocopa após os atentados da sexta-feira 13
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A França tenta cicatrizar algumas incômodas feridas uma semana após os ataques terroristas em pontos cruciais de Paris. Como está atrelado à
indústria do entretenimento, o futebol não passou incólume dos fundamentalistas. Uma bomba poderia ter explodido dentro do Stade de France e, durante a semana, dois amistosos foram cancelados na Europa (Alemanha x Holanda e Bélgica x Espanha).
O momento é de olhar para frente e tentar vencer o medo. No fim de semana, dez jogos embalam mais uma rodada da Ligue 1. Nesta sexta-feira, a bola rolou na vitória do Nice sobre o Lyon or 3 a 0.
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Na última segunda-feira, a Uefa também tratou logo de confirmar a Eurocopa de 2016 na França, afastando a possibilidade de tirar o torneio do país.
O país, claro, vai se reerguendo. A luta é árdua. Mas o futebol quer dar um grande exemplo.
– É fácil perceber que as pessoas estão evitando andar em centros comercias e há o dobro de policiais nas ruas. Não havia clima na partida entre França e Inglaterra. Aquele jogo não deveria acontecer. Mas não podemos deixar com que o medo afete nosso cotidiano e o futebol - disse o zagueiro Hilton, campeão francês pelo Montpellier em 2011-2012.
No coração do país, Paris vive dias de incertezas, porém, ao mesmo tempo, o melhor momento do futebol da cidade, já que o PSG passou a brigar com os gigantes da Europa, sonhar com grandes craques e contar com investimentos bilionários.
Com a palavra: Amir Somoggi - Consultor em Marketing Esportivo e Gestão Esportiva
"A expectativa para os próximos meses e para a Eurocopa de 2016 é que haja um nível de segurança como nunca aconteceu. Investimentos de infraestrutura, de um treinamento mais intenso para lidar com situação de emergência como a de uma ameaça terrorista tendem a ser o foco dos franceses neste período. Isto também passará pelas medidas que o governo da França estabelecer, que pode mudar radicalmente a rotina em jogos das competições disputadas no país. Mas ter a imagem afetada drasticamente é pouco provável, haja visto que os Estados Unidos foram alvo de terroristas e mantêm um grande público em competições como a Major League Soccer.
Aos olhos do marketing esportivo, ações para destacar o lado positivo do esporte serão cruciais neste momento de união da população. O exemplo disto foi a comoção causada quando franceses e ingleses cantaram 'A Marselhesa' em Wembley"
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