Goleiro que mais pegou pênaltis no Português, Denis explica defesas: ‘Tem que ter um feeling’
Goleiro brasileiro lembrou com carinho de São Paulo e Figueirense, mas garantiu foco na Europa. Contrato com o Gil Vicente vai até o fim da atual temporada
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Mais uma história de um jogador que viveu altos e baixos no futebol brasileiro. Hoje no Gil Vicente, de Portugal, o goleiro Denis vive um grande momento. Na atual edição do Campeonato Português, o brasileiro é quem mais defendeu cobranças de pênaltis (três). Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o ex-São Paulo e Figueirense explicou como faz na hora da cobrança.
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- Com o decorrer do tempo e com a experiência de assistir bastante aos jogos e aos batedores, além da ajuda dos analistas, fica tudo mais fácil. Temos uma ideia de para qual lado pular, em qual canto o batedor costuma cobrar, mas isso é particular. Na hora, tem que ter um feeling, uma leitura corporal do batedor. Estou muito feliz de estar podendo ajudar minha equipe e fazendo defesas importantes. São cinco pênaltis defendidos, um na trave e apenas um convertido. São dados importantes para o goleiro. De todos os clubes, eu sou o goleiro que mais defende pênaltis - contou Denis.
"O clube não escondeu que o objetivo é permanecer na primeira divisão"
As boas defesas de Denis não foram suficientes para livrar o Gil Vicente da briga pelo rebaixamento. Atualmente na 12ª colocação, a equipe está apenas a quatro pontos da zona da degola. Mas o brasileiro garantiu empenho da equipe e revelou que a meta do clube é realmente permanecer na elite:
- Enfrentamos um momento difícil no Campeonato Português. A disputa está muito maior. São até nove clubes brigando para não descer, com diferença de um a três pontos. Estamos nessa briga, mas estamos trabalhando. O clube não escondeu que o objetivo é permanecer na Primeira Divisão e faremos de tudo para que isso aconteça.
O momento de Denis não é motivo de pensar em voltar ao Brasil. O goleiro admitiu o desejo de continuar na Europa, mas não fechou as portas para um possível retorno ao futebol verde e amarelo.
- Estou focado em continuar na Europa. Não tenho o foco de voltar ao Brasil hoje. Se houver alguma proposta, com certeza, estudarei com muito carinho. É o meu país de origem, onde me sinto bem. Meu contrato termina no fim da temporada, está tudo em aberto. Vamos ver o que vai aparecer - disse o goleiro.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Altos e baixos no futebol brasileiro
- No São Paulo, assim como todo atleta, vivi bons momentos e outros não tão bons. Foram nove anos no clube, 173 jogos. Tenho um carinho muito grande pela instituição, pelos amigos que fiz lá, pela torcida. Tenho certeza de que sempre fiz meu melhor, procurei ser o melhor jogador, melhor profissional e melhor pessoa. Quando eu saí de lá, tive uma passagem muito boa pelo Figueirense, fui campeão catarinense logo no primeiro campeonato. Só tenho a agradecer a todos, ao São Paulo, ao Figueirense, às respectivas torcidas e ao Gil Vicente.
Grande fase aos 33 anos
- Eu me sinto muito bem. É o meu segundo ano consecutivo aqui na Europa. Os treinos são bastante intensos. Com mais experiência e me sentindo fisicamente bem, aos 33 anos, consigo fazer o meu melhor. Estou muito feliz pelo momento vivido.
Dificuldades em Portugal
- As principais dificuldades são principalmente por conta da pandemia. Eu cheguei em Portugal e tive uma adaptação muito boa. Minha família também. Mas depois da pandemia, temos que ficar longe, sentimos falta, saudade... Para mim, é a maior dificuldade. Mas, fora isso, a adaptação foi muito boa. É um país mais tranquilo do que o Brasil, com pouca violência.
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