O técnico Arsene Wenger ficou conhecido mundialmente por grandes trabalhos e por ser um dos técnicos a permanecer por mais tempo em um clube. Ele está no comando do Arsenal há 22 anos. A temporada de 2017/18 vai ser a última do técnico francês a frente do clube londrino. Entre conquistas e derrotas, Arsene Wenger revolucionou o futebol inglês. Antes de ir para o Arsenal, o técnico treinou o Monaco (1987-1994) e conquistou títulos importantes para a história do clube, como o Campeonato Francês de 1987-88 e a Copa da França de 1990-91.
No Monaco, Wenger também foi responsável pela descoberta de George Weah (melhor do mundo em 1995), Emannuel Petit e Liliam Thuram, ambos campeões mundiais pela França em 1998. Sua ligação com o clube também propiciou a descoberta de Thierry Henry, que foi revelado pelo Monaco e se tornou o maior jogador da história do Arsenal, nas mãos de Arsene Wenger.
A primeira grande conquista
Após passagem no Nancy, Wenger chegou ao Monaco em 1987, após campanha ruim com o clube anterior, que chegou a ser rebaixado, facilitando a ida do técnico para o Monaco. Antes mesmo de chegar ao Monaco, Wenger já tinha em mente alguns jogadores para trazer ao clube francês. Contratou de graça o meia do Tottenham Glenn Hoddle e Patrick Battiston, do Bordeuax.
Uma das principais sacadas de Wenger foi buscar no Milan o atacante inglês Mark Hateley, que terminou o Campeoanato Francês como artilheiro da equipe com 14 gols. O artilheiro da edição foi o o francês Jean-Pierre Papin, então defendendo as cores do Olympique de Marselha.
Logo em sua estreia, Wenger venceu a Ligue 1. O Monaco terminou a competição com 52 pontos, com 20 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas. Foi campeão com seis pontos a frente do Bordeaux. O PSG terminou na 13ª colocação.
Outro grande nome daquela equipe comadada por Wenger era o lateral-direito francês Manuel Amoros. Revelado pelo Monaco, já estava no clube há sete anos e já havia disputado duas Copas do Mundo (1982 e 1986). Participou também da grande Seleção Francesa campeã da Eurocopa de 1984, liderada por Michel Platini. Amoros era uma das principais referências técnicas do elenco de Wenger.
Revelação de grandes jogadores
As campanhas seguintes de Wenger no Francês foram boas, terminando sempre nas primeiras colocações. A outra glória do técnico francês viria na temporada de 1990/91 com a conquista da Copa da França, a última do clube francês. Outro grande movimento de Wenger foi contratar o então desconhecido atacante liberiano George Weah.
O atacante estava com 21 anos na época e defendia as cores do Tonnere Yaoundé, de Camarões. Wenger, com o bom olho de sempre, trouxe o jogador. No Monaco, Weah fez 103 jogos e 47 gols. Weah, atual presidente da Libéria, viria a ser o melhor jogador do mundo em 1995, com a camisa do Milan, sendo o único jogador africano a conquistar esse feito.
Wenger também foi responsável em revelar dois campeões mundiais pela França na Copa do Mundo de 1998: o lateral e zagueiro Lilian Thuram, autor do gol da classificação da França para a final da Copa de 98 contra a Croácia e o meia Emmanuel Petit, autor do gol que sacramentou a vitória sobre o Brasil na final da mesma Copa.
Weah, Petit e Thuram compunham o time campeão da Copa da França de 1990/91, juntamente com outro que viria a ser campeão mundial, o atacante Youri Djorkaeff. O Monaco foi campeão invicto com seis vitórias. Na final, venceu o Olympique de Marselha, de Papin, Abedi Pelé e Mozer, ex-Flamengo, por 1 a 0, com gol de Passi.
O início de tudo
Os bons resultados despertaram o interesse do Bayern de Munique, mas Wenger preferiu ficar mais uma temporada no Monaco e deixou o clube na temporada de 1994/95 para treinar, em rápida passagem, o Nagoya Campus do Japão, antes de chegar ao Arsenal em 1996. Logo depois de sua saída no Monaco, surgia um atacante francês chamado Thienry Henry.
No Monaco, Henry fez 141 jogos e marcou 28 gols. Foi Campeão Francês em 1996/97, em um time que contava com David Trezeguet e o brasileiro Sonny Anderson. Deixou o Monaco em 1998, teve rápida passagem pela Juventus e foi contratado, em 1999, pelo Arsenal. As crias do Monaco conquistaram juntos pelo Arsenal duas Premier League (2001/02 e 2003/04) e o resto é história.