Iniciativa do Porto garante doação de R$ 5,2 milhões a refugiados

Quando a crise dos refugiados de países como a Síria indo para a Europa estava na crise, o Porto lançou uma iniciativa na Europa, e a organização Save the Children (Salvem as Crianças), em parceria com a Unicef, vai receber 1,3 milhão de euros (R$ 5,2 milhões). Todos os clubes da Liga dos Campeões e da Liga Europa doaram 1 euro (R$ 4,04) a cada ingresso vendido em seu primeiro jogo como anfitrião no torneio. A Associação Europeia de Clubes (ECA) abraçou a ideia, nomeou de "90 minutos pela esperança" e criou uma conta destinada a isso.

- Como agentes importantes da sociedade, não podemos fechar os olhos aos acontecimentos dramáticos que afetam a vida de muitas crianças. Estamos orgulhosos por ver tantos clubes europeus juntando-se à iniciativa "90 minutos pela esperança" e é com muita felicidade que doamos o dinheiro reunido à Save the Children e à Unifec, duas organizações que têm sido incansáveis no apoio às crianças refugiadas e às suas famílias na Europa - disse Karl-Heinz Rummenigge, presidente do ECA.

A verba recolhida vai para programas europeus, tanto nos países por onde as crianças passam, quanto nos de destino. As iniciativas incluem: distribuição de cobertores e roupas de inverno; criação de espaços de recreação e educacionais para as crianças refugiadas; aprovisionamento de kits para bebês, suplementos alimentares e outros mantimentos para os migrantes; aprovisionamento de água e instalações sanitárias em centros de recepção e informação de saúde pública; apoio psicológico, médico e legal; assistência técnica aos esforços de reunificação de famílias; assistência técnica para reforçar a capacidade dos trabalhadores na primeira linha de apoio, incluindo técnicos de saúde, assistentes sociais e pessoal de organizações não governamentais.

"As crianças e as suas famílias são obrigadas a dormir ao relento, mesmo agora, no Inverno. O Mundo assiste a uma crise de refugiados sem precedentes: mais de 870.000 refugiados chegaram à Europa em 2015, e 20 por cento são crianças. Muitas deles chegam ao continente europeu com perturbações resultantes de uma viagem longa, perigosa e muitas vezes solitária", diz o comunicado do ECA, também reproduzido pelo site do Porto.