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Kevin-Prince Boateng abre o jogo sobre Barça, sua carreira e racismo

Meia ganês deu entrevista a um jornal espanhol e comentou sobre sua carreira e como foi parar no Barcelona, após atuar em clubes de menor expressão no futebol europeu

Boateng - Barcelona
imagem cameraGanês com a camisa do Barcelona (Foto: Lluis Gene / AFP)
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Lance!
Barcelona (ESP)
Dia 05/02/2019
16:11
Atualizado em 05/02/2019
16:22

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Contratação mais surpreendente do Barcelona na última janela de transferências, Kevin-Prince Boateng chegou ao clube catalão sob um olhar de desconfiança da torcida e de todos que acompanham futebol. Entretanto, o ganês falou sobre a sua chegada ao clube catalão, e afirmou estar vivendo um sonho em atuar com a camisa blaugrana.

- Jogar nesta equipe é a coisa mais emocionante que pode acontecer a um jogador de futebol. Eu faço 32 anos em março e era impensável estar aqui hoje. Todas as crianças sonham em jogar uma vez no Barcelona. Com a minha idade, sendo um pouco mais velho, é um sonho jogar aqui - disse. 

Boateng também fez questão de falar de seu início de carreira conturbado no Hertha Berlim e logo depois a sua ida ao Tottenham, e como tudo mudou depois da chegada de seu primeiro filho.

- Quando era jovem, era um louco. Com 18 anos era o chefe do meu bairro porque tinha dinheiro. Tive um filho e amadureci. Se isso não acontecesse não teria chegado a equipes como Milan e Barça. Um atleta pode jogar muito, mas se a cabeça não funcionar, não pode jogar nessas equipes. Foi por isso e por muito mais que mudei a minha atitude e o meu caráter ao longo da vida - declarou Boateng. 

O meio-campista também tocou em assunto delicado e infelizmente muito presente no futebol europeu, o racismo. Segundo o jogador, o preconceito não é somente um problema no futebol, e sim da sociedade como um todo.

- Já não tenho medo, nem me escondo. É um assunto delicado. Não afeta apenas Espanha ou Itália, mas o mundo inteiro. Recentemente aconteceu ao Koulibaly, do Napoli. O racismo está conosco todos os dias, é um grande problema. Na minha cabeça, sempre tive muito definido: se acontecer comigo, vou para casa e peço ao time para me acompanhar saindo de campo. Não é só um problema de clubes, ligas, mas também da sociedade - analisou.

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