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Influência de Klopp e sintonia com Firmino: como o egípcio Salah virou rei em Liverpool

'Kink Salah' conquistou rapidamente o status na equipe inglesa. 'Ninguém esperava que fizesse 40 gols já no primeiro ano', conta torcedor que veste a camisa do egípcio

Protagonismo de Salah fica evidente também no estádio e na loja do Liverpool
Marcelo Bechler

Escrito por

“Os outros podem ir treinar pelados porque todos estarão prestando atenção em Salah”. Jurgen Klopp, treinador do Liverpool (ING), entendia as prioridades da imprensa e a importância de seu principal jogador antes da partida de volta contra o Manchester City (ING), nas quartas-de-final da Liga dos Campeões. Salah havia sentido dores musculares e sua simples presença em um treino seria mais importante do que todo o resto.

O egípcio, que é chamado de “King Salah”, conquistou o status de rei de forma rápida e surpreendente. Foi contratado da Roma por 42 milhões de euros (R$ 176 milhões) e esperava-se que fosse uma peça complementar ao ataque que já possuía Firmino, Sadio Mané e Philippe Coutinho. É a grande arma do Liverpool na semifinal da Liga dos Campeões, contra a Roma (ITA), a começar pelo jogo de ida, na Inglaterra, na próxima terça-feira.

O egípcio custou cinco vezes menos do que Neymar ao Paris Saint-Germain (FRA) ou quatro vezes menos do que Coutinho ao Barcelona (ESP). Até mesmo o zagueiro holandês Virgil Van Dijk, contratado pelo Liverpool em janeiro, custou quase o dobro do atacante: 79 milhões de euros (R$ 331 milhões). O valor pago pelo camisa 11 mostra que a expectativa talvez não fosse das maiores quando ele chegou.

- A expectativa era que os brasileiros comandassem o time. Firmino e Coutinho vinham bem e Salah poderia ajudar, mas ninguém esperava que fizesse 40 gols já no primeiro ano - conta Erik Lucern, torcedor dos Reds.

- Espero que terça ele mantenha a boa fase. Precisamos dele para ir à final.

Erik visitava o Anfield com seu filho Marvin, de 10 anos, com uma camisa de Coutinho, “mas agora prefere o Salah”.

O líder da chuteira de ouro marcou seu 31º gol na Premier League neste sábado, diante o West Bromwich (empate em 2 a 2): um recorde que só Cristiano Ronaldo, Luis Suárez e Alan Shearer haviam conseguido em uma edição da competição. Supera até aqui Messi, CR7, Harry Kane ou Lewandowski na temporada e nunca havia feito tantos gols. Sua passagem pelo Chelsea, entre 2013 e 2014, foi quase desapercebida com 19 partidas e dois gols. Saiu da Inglaterra e passou uma temporada na Fiorentina marcando nove vezes em 26 partidas. Na Roma, Dzeko era o principal goleador e Salah fez 34 gols em 83 partidas. No Liverpool, já são 41 gols em 46 jogos.

Klopp mudou sua posição e o desempenho decolou. Na passagem anterior pela Inglaterra e pela Itália, costumava jogar como um ponta muito aberto pela direita, para explorar sua velocidade. No trio formado com Firmino e Mané, atua como um 9 típico, embora troque de posição constantemente com os companheiros deixando a marcação adversária confusa.

- Tem sido muito bom trabalhar com ele (Klopp). Foi o primeiro treinador a me posicionar mais perto do gol - admitiu Salah, recentemente.

O aleta brilha no Liverpool e em sua seleção. O Egito voltará a disputar uma Copa do Mundo após 28 anos. Números e atuações surpreendentes e que enchem o torcedor dos Reds de esperança. Mohammed fez Luís Suarez ser esquecido em Anfield e é o maior nome próprio dos ingleses que tentam conquistar a Europa novamente após 13 anos.

O entrosamento com Firmino e Mané é tão bom que a saída de Coutinho não refletiu números piores.

- A dupla com o Salah vem funcionando muito bem, mas é o conjunto de toda a equipe que faz a diferença. Estamos todos lutando pelos mesmos objetivos e tenho certeza que os alcançaremos - analisou o brasileiro.

A defesa do Liverpool está longe de ser “um seguro de vida”, como dizem na Europa. Sofre muitos gols, embora no tramo final da temporada esteja sendo mais eficiente. Se o time não mostrou equilíbrio em muitos momentos, Salah foi um fator desequilibrante a favor dos Reds. Agora, a três jogos de ganhar a Liga dos Campeões, todos em Liverpool esperam que a fase do Rei do Egito não mude.

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