O caso racista envolvendo Vinícius Júnior, do Real Madrid, e Valencia ganhou mais um episódio. De acordo com a rádio 'Cadena Cope', a La Liga informou à justiça espanhola, que está investigando o caso, que o zagueiro brasileiro Éder Militão também foi vítima de racismo na partida, no dia 21 de maio.
O 10º tribunal de Valência abriu investigação sobre os insultos racistas no dia 26 de maio e, desde então, três torcedores foram identificados, um por Vinícius Júnior e outros dois pelo sistema de câmeras do estádios. No mês passado, dois deles prestaram depoimentos, enquanto o terceiro foi ouvido nesta terça-feira (11).
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Ainda de acordo com a 'Cope', a La Liga entregou à justiça um laudo pericial sobre leitura labial dos torcedores, contrariando-os, que alegam ter feito somente gestos, mas não insultos racistas. Vinícius vai se apresentar somente no dia 28 de setembro para depor, e o mesmo deve acontecer com Militão.
RELEMBRE O CASO
No dia 21 de maio, pela 35ª rodada da La Liga, o atacante sofreu racismo aos 27 minutos. Ao identificar o torcedor e denunciar ao árbitro, a confusão foi instaurada. Na sequência, a partida foi paralisada, os cânticos e insultos racistas tomaram proporções ainda maiores e o sistema de som do estádio avisou que o jogo somente retomaria após os torcedores pararem. Vinícius Júnior ameaçou deixar a partida, mas ao conversar com o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, seguiu até o final.
Nos minutos finais, nova discussão. Em discussão com os jogadores adversários, Vini sofreu empurrão e foi enforcado e, ao se defender, deu um tapa no jogador do Valencia. O árbitro não foi ao VAR e somente expulsou o brasileiro, causando mais revolta.