Ao L!, Balbuena abre o jogo sobre bom momento do West Ham e relembra passagem pelo Corinthians
Zagueiro paraguaio conversou com o LANCE! e falou sobre o momento bom da equipe londrina na Premier League, sobre a passagem vitoriosa no Timão e seleção paraguaia
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Sensação da Premier League 2020/2021, o West Ham é atualmente o 5º colocado na tabela de classificação, na frente de clubes como Tottenham, Arsenal e do atual campeão Liverpool. Sob o comando de David Moyes, os Hammers buscam uma possível classificação para uma competição europeia e o LANCE!, em parceria com a Betway, conversou de forma exclusiva com o zagueiro Fabián Balbuena, paraguaio ex-Corinthians e atual zagueiro da equipe londrina.
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O jogador falou ao L! sobre o momento recente do time, que vem de ótimas atuações e resultados expressivos tanto em Londres, quanto longe da capital inglesa. O paraguaio destacou a força do elenco e a união como fatores preponderantes ao momento especial dos Hammers.
- Acho que eu citaria duas coisas: trabalho e a união temos tanto dentro de campo quanto no vestiário. Dentro do vestiário, temos uma unidade muito legal, companheirismo, entrosamento não só dentro de campo, como eu falei, fora do campo também. A unidade do grupo é muito boa. Acho que isso é muito importante quando você faz um trabalho e faz bem, isso, na maioria das vezes, isso reflete dentro de campo e, graças a Deus, a gente tá conseguindo o resultado que, logicamente, fruto de todo esse trabalho que a gente tá fazendo desde a temporada passada até agora, e a gente tá trabalho forte e bem também para seguir nessa caminhada - disse.
A falta de público é um assunto que tem sido debatido nos grandes centros e que desperta a curiosidade, já que muitas equipes tem no 'fator casa' um grande trunfo contra os adversários. Uma das principais mudanças que a pandemia da Covid-19 trouxe para o mundo do futebol foi justamente a falta da torcida, e isso trouxe à tona a discussão do quão importante é a presença dos torcedores, tanto para os mandantes quanto para os visitantes.
- O fato é que é estranho. Para nós jogadores, é muito estranho jogar sem torcida, mesmo jogando fora de casa. Logicamente, a torcida faz muita diferença em muitas questões do jogo, então acho que faz muita diferença. O que a gente tem visto muito e acho que é fato também, os times que jogam em casa, agora sem torcida, estão perdendo mais pontos do que quando jogavam com torcida. Acho que isso faz muita diferença e dá para ver que faz falta mesmo as torcidas e, também, pela emoção do jogo que, logicamente, para nós jogadores é muito importante sentir o apoio dos nossos torcedores. Também na América do Sul, também no Corinthians, eu sei que, hoje, faz muita falta a torcida, porque é uma motivação mais, um ‘plus’ de motivação para cada jogo, e todo jogador está esperando que possam voltar os torcedores ao estádio para voltar a ter essa emoção que tinha antes da pandemia - analisou.
O zagueiro paraguaio é um dos grandes ídolos recentes da história do Corinthians. Campeão Paulista e Brasileiro em 2017 com a camisa do Timão, Balbuena disse que segue acompanhando o alvinegro mesmo à distância.
- Acompanho sim. As vezes, quando o jogo é muito tarde, fica difícil por causa do horário, mas sempre tenho contato os rapazes, fiz muitas amizades. Como torcedor, eu sei que vou assistir alguns jogos, eu tenho amigos ali e esse carinho é recíproco. Eu fico feliz com esse reconhecimento até agora. Isso fala do bom jogador que eu fui na minha passagem no clube, e não tenho palavras de agradecimento só para o pessoal do clube, para os meus amigos e, para a torcida que, até agora, seguem meus fãs. E o carinho é recíproco quanto a isso - destacou.
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LANCE!: Quais são as diferenças que você vê do futebol sul-americano para o trabalho desses dois treinadores que você teve no West Ham?
Balbuena: É muito relativo. Talvez tenham treinadores na América do Sul que possam, tranquilamente, treinar o futebol europeu. É muito difícil falar ou comparar, por ser muito relativo, talvez treinadores aqui na Europa talvez não deem certo na América do Sul, ou ao contrário, talvez sim. É muito difícil de falar ou de saber, especificar, ninguém pode cravar ou dar por fato que pode dar certo os treinadores sul-americanos na Europa ou treinadores europeus na América do Sul.
LANCE!: Você chegou ao Corinthians em 2016 e, em 2017, muita gente falava que o Corinthians era a quarta força de São Paulo, que não ia brigar por títulos, mas acabou sendo campeão. Queria saber como foi ser campeão em um ano com tanta gente colocando o time para baixo nas expectativas iniciais?
Balbuena: Foi um ano muito bom. Tinha um grupo do caramba, como vocês chamam. Foi um grupo muito bom, todo jogador que joga ou jogou no Corinthians fala que o Corinthians é uma família. Você chega lá, você se sente muito a vontade, então o Corinthians é assim. Esse ambiente de bom estar, de você se sentir tão bem ali que, naquele ano, com todos esses aspectos da imprensa não acreditar no potencial do time, a gente acabou sendo campeões paulista invictos, fizemos um primeiro turno (do Brasileirão) invictos também e ficamos não sei quantos jogos sem perder, então isso foi fruto do trabalho que a gente fez. Como eu falei no princípio, como é no West Ham, quando você tem um grupo muito bom fora de campo, uma harmonia, isso vai refletir dentro de campo, acho que ajuda muito, não garantir resultados, mas ajuda muito para chegar nos resultados que você quer. Isso que a gente tinha nesse ano e conseguimos ganhar o Paulista e o Brasileiro.
LANCE!: Como é ser um destaque da sua seleção? Como é o sentimento de representar o seu país sendo um jogador sendo tão importante para a seleção paraguaia?
- Representar o seu país já é o maior orgulho que uma pessoa pode ter, não só jogador. Representar a bandeira, representar sua família, seus pais, as pessoas que moram no seu país. Ainda mais o Paraguai, um país sacrificado, a América do Sul, é um povo sofrido, que tem uma alta porcentagem de pobreza no nosso continente. Representar o país é o maior orgulho que a gente pode ter e, desde pequeno, sempre assistindo jogo da seleção, a gente sempre sonhava em poder vestir a camisa da seleção. Hoje, tendo a oportunidade, eu estou muito feliz. Eu sempre encaro como se fosse a primeira vez porque a motivação sempre está da mesma forma, porque você está representando o seu país e a satisfação é muito grande e a emoção também é bem alta.
LANCE!: Na última Copa América, o Paraguai enfrentou o Brasil aqui. Foi um jogo nervoso, o Paraguai se defendeu muito bem, levou o jogo para os pênaltis, e o Brasil tinha retrospecto recente ruim. Vocês acreditavam que essa mística poderia ser um fator decisivo para vocês avançarem naquele dia?
Balbuena: A gente não pensava muito, e também não ia fazer muita diferença o fato do Paraguai ter eliminado o Brasil nas duas decisões anteriores, por cada jogo ser diferente e cada decisão dos pênaltis também ser diferente. A gente sabia que ia ser um jogo difícil como foi, mas a gente aguentou bem. Depois da minha expulsão, acho que, logicamente, o time teve que recuar um pouco por ter um homem a menos, mas o time aguentou bem, a gente também teve uma ou dois chances. Mas foi um jogo muito travado, muitas faltas, mas jogo sul-americano é assim: ninguém quer perder nada, nenhuma dividida ninguém quer perder, mas foi um jogo bom. Logicamente, a gente estava com esperanças para poder passar nos pênaltis, mas a gente sabe que nos pênaltis é meio sorte, porque depende do momento do jogador que vai bater, e acabamos eliminados para o campeão.
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