Luis Fabiano mostra carinho pelo São Paulo e admite favoritismo na China
Atacante ex-São Paulo é a referência do Tianjin, comandando por Vanderlei Luxemburgo
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As grandes contratações do futebol chinês no início da atual temporada tiveram como grande foco o Brasil. Os times torciam para nenhuma equipe do país asiático desembarcasse com mala cheia de dinheiro para levar seus jogadores. Mas nem todos deram sorte. No entanto, o caso de Luis Fabiano é diferente. Ele deixou o São Paulo após o fim do contrato e estava livre para negociar. Após algumas propostas, acertou com Tianjin Quanjian, da Segunda Divisão, treinado por Vanderlei Luxemburgo.
Em entrevista ao LANCE!, o Fabuloso admite que seu clube é um dos favoritos ao acesso à Primeira Divisão da China e revela que esperava uma pré-temporada complicada, principalmente pela falta de alguns reforços que não estavam em Atibaia, local dos treinos escolhidos por Luxa.
Você deixou o São Paulo por não ter recebido uma proposta para renovar. Logo depois, acertou com o Tianjin Quanjian. O que o levou a sair do Brasil para jogar em um clube da Segunda Divisão na China?
Construí uma história bonita dentro do São Paulo e todo ciclo termina um dia. Todos sabem do carinho que tenho pelo São Paulo, sou grato ao clube e à torcida, e isso não vai mudar. Além da proposta do Tianjin, eu tive propostas de alguns clubes brasileiros e também outras situações no exterior, mas coloquei tudo na balança e optei pelo Tianjin. Os fatores que pesaram foram o fato de o time ter uma comissão técnica brasileira, um grande treinador com quem eu sempre quis trabalhar, o projeto grandioso da equipe, com construção de CT e estádio e, claro, a parte financeira.
Você esperava uma grande debandada de jogadores e treinadores, brasileiros e estrangeiros, para o futebol chinês? Acredita que pode deixar o campeonato mais equilibrado?
Já faz alguns anos que os chineses estão contratando grandes nomes do futebol brasileiro, mas é claro que eu não esperava que eles fizessem tantas contratações do nível que fizeram, não só de brasileiros, mas também de outros estrangeiros que estavam na Europa. A tendência é que os campeonatos aqui tenham um bom nível e muito equilíbrio.
O Tianjin Quanjian já desponta pelos reforços que chegaram como um dos grandes favoritos ao acesso à Primeira Divisão?
Acredito que sim. Não podemos negar que o time foi montado para subir nesse ano e toda a estrutura que foi montada favorece isso. Mas temos que justificar dentro de campo, pois ninguém ganha com nomes ou falando.
A pré-temporada foi no Brasil, mas os resultados não haviam sido satisfatórios. Sentiu alguma desconfiança neste início de trabalho?
Eu acho que a pré-temporada no Brasil foi muito importante e os resultados não representaram muita coisa para nós, pois de certa forma já eram esperados. O time que estava no Brasil não contou com cinco reforços chineses que tem nível de seleção e se juntaram ao grupo na segunda parte da pré-temporada, na Coreia. Com eles, o time já ganhou uma cara totalmente diferente. Os jogos no Brasil serviram para irmos ajeitando algumas coisas e para alguns jogadores ganharem experiência. Outro ponto é que o nosso campeonato é a Segunda Divisão da China, onde o nível técnico dos times é diferente do que enfrentamos no Brasil.
No último jogo amistoso, você fez dois gols. É um cartão de visitas para o que pode mostrar no torneio?
Mais do que os gols, fiquei feliz por ver que a equipe terminou a pré-temporada com uma evolução muito grande em relação aos primeiros jogos no Brasil. Acho que estamos prontos pra esse desafio de subir a equipe para a Primeira Divisão.
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