Mãe de Neymar depõe e diz que só o pai do atleta participava dos acordos
Nadine repetiu a tese do jogador e disse que 'meu marido levava tudo'
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Nadine Gonçalves dos Santos, mãe de Neymar, prestou depoimento nesta quinta-feira em sessão da Audiência Nacional, em Madri, 23 dias após o filho e o marido. Ela é investigada por fraude, corrupção e simulação de contratos durante a negociação entre Barcelona e Santos pela transferência do atleta, em 2013.
De acordo com o jornal "Marca", Nadine não quis responder as perguntas da acusação e disse a seus advogados que não participou de nenhuma negociação, mesmo sendo sócia da empresa da família e de ter assinado contratos. A mãe de Neymar teria dito que 'meu marido levava tudo', o que vai de encontro ao que o jogador disse, de que só o pai participava dos acordos.
O processo está em fase de instrução foi iniciado após denúncia do Grupo DIS, que tinha participação nos direitos de Neymar e se diz prejudicado por suposta sonegação de valores na negociação do jogador com o time catalão. Neste momento, a Justiça apenas ouvirá o parecer dos envolvidos, para depois decidir quem vai ser julgado.
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Além de Neymar e seu pai, já foram ouvidos também o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e o ex-mandatário Sandro Rosell, que tiveram a prisão decretada pelo júri do tribunal.
A DIS, empresa que possui partes dos direitos do camisa 11, se sente lesada e reclama do valor oficial da transferência de Neymar para o Barcelona: 17,1 milhões de euros (R$ 75 milhões) - a empresa tinha direito a 40% deste montante. O grupo pleiteia o percentual sobre a quantia final do negócio, que chegou a 86,2 milhões (cerca de R$ 379 milhões), divididos em comissões, acordos comerciais, luvas e várias outras cláusulas.
A negociação envolvendo Neymar é investigada na Espanha em dois processos distintos. Um deles da Receita Federal, de Madri, e o outro do Tribunal Provincial de Barcelona.
No Brasil, o craque e o pai enfrentam duas acusações: sonegação fiscal e falsidade ideológica. Ambos teriam criado três empresas da fachada para abater o valor dos impostos. A pena prevista pode chegar a cinco anos de prisão.
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