Contratado nesta semana pelo Zenit, o brasileiro Malcom fez sua estreia pelo novo clube neste final de semana, contra o Krasnodar, em uma partida que terminou empatada por 1 a 1. No entanto, o que poderia ser um dia de alegria para o atacante, se tornou um dia para esquecer, graças a própria torcida do Zenit.
Malcom entrou apenas na etapa final e atuou por 18 minutos, mas foi o suficiente para ver a torcida organizada do Zenit estender uma faixa de cunho racista onde dizia 'Respeitem nossas tradições', no intuito de manter a equipe sem jogadores negros.
- Nós não somos racistas e para nós a ausência de jogadores negros é apenas uma tradição importante, enfatizando a identidade do clube e nada mais. Nós, como o clube mais setentrional das principais cidades européias, nunca nos conectamos mentalmente com a África, como na América do Sul, na Austrália ou na Oceania. Não temos absolutamente nada contra os habitantes destes e de quaisquer outros continentes, mas ao mesmo tempo queremos que os jogadores de espírito próximo joguem no Zenit - disse a organizada do Zenit em um comunicado publicado na internet.
Além de Malcom, o Zenit conta com outro jogador negro e brasileiro, o lateral-esquerdo Douglas Santos que, inclusive, marcou um gol contra nesta partida contra o Krasnodar.