Maradona no futebol brasileiro? Veja onde o craque ‘quase’ atuou!
Na Portuguesa, como sucessor de Zico no Flamengo e até com a 10 do Santos que foi de Pelé... Muitos clubes sonharam em contar com 'El Pibe' no seu elenco
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A expectativa em torno de Maradona não ficou restrita às grandes jogadas e aos gols que ele poderia proporcionar, seja pela seleção da Argentina ou por onde atuou. O astro, que faleceu nesta quarta-feira, aos 60 anos, chegou a ser especulado em alguns clubes brasileiros em sua trajetória.
A primeira negociação que quase se concretizou aconteceu bem antes de sua magia se estender pelos gramados afora. Em entrevista ao programa "Bola da Vez", da ESPN, o empresário Juan Figger afirmou.
- O Argentinos Juniors precisava vender Maradona para cobrir necessidades urgentes. O presidente, na época, aceitou receber uma oferta de US$ 300 mil. Eu tinha uma boa amizade com Manuel Gregório, presidente da Portuguesa na época. E ofereci o jogador para ele. Falei: "É um júnior que joga um pouco mais do que o normal e custa US$ 300 mil" - porém, o acordo pelo jogador de 21 anos não se concretizou:
- Ele (Manuel) não se animou a colocar esse dinheiro, a Portuguesa não tinha dinheiro. Não se animou a fazer essa aposta. São coisas que acontecem no futebol. Foi uma pena, porque ele seria aqui no Brasil, penso eu, o mesmo jogador que foi no Argentinos e no Boca Juniors - completou.
Maradona já chamara a atenção do presidente Hélio Maurício nos anos 70, quando era jogador do Argentinos Juniors e, em um dia no Brasil, apareceu jogando bola no Aterro do Flamengo. Porém, o "agito" em torno de vestir a camisa 10 da Gávea aconteceu em 1991.
O argentino passou um Carnaval no Rio de Janeiro e logo surgiram na revista "Placar" os rumores de que o Rubro-Negro tinha um projeto para trazer o meia ideal para conduzir a equipe na temporada. Ele estava em uma fase oscilante em Nápoles e convivia com problemas em exames antidoping.
No entanto, o então presidente do Flamengo, Márcio Braga, rechaça os rumores do tal projeto.
- Na verdade, tudo não passou do campo de especulação. Realmente, era um grande jogador, melhor que ele só o Pelé. Só que também era um grande problema - afirmou, ao LANCE!.
O astro argentino também esteve prestes a atuar em um grande clube paulista. No início da "Era Parmalat", houve uma tentativa para que ele se tornasse o camisa 10 do Palmeiras a partir de 1992.
Coube a José Carlos Brunoro, que gerenciava a parceria entre a multinacional e o Verdão, fazer as tratativas.
- Aconteceu uma situação na qual ele estava com problemas no Napoli e existia esta possibilidade de ir para outro clube. Fui, me reuni com o estafe dele na Argentina para fazer uma proposta de trabalho, desenvolvimento e marketing e adiantamos algumas coisas - revelou ao LANCE!.
Contudo, de acordo com Brunoro, alguns fatores fizeram o "Pibe" preferir seguir na Europa.
- Uma delas foi que o Maradona queria continuar na Europa. Tanto que logo depois ele foi para o Sevilla. A outra era o receio em relação à imagem dele. Atuar no futebol brasileiro em um período de forte rivalidade entre Brasil e Argentina foi visto como arriscado por ele - destacou.
Com isto, o ex-meia acabou desembarcando novamente no futebol espanhol. Desta vez, para atuar no clube andaluz.
NO SANTOS, COM A CAMISA 10 E A 'MÃOZINHA' DE PELÉ... MAS, OUTRO NÃO!
Quem diria, Maradona quase vestiu a mesma camisa 10 com a qual Pelé se consagrou. Ainda cumprindo suspensão por uso de doping na Copa do Mundo de 1994, o argentino teve seu nome especulado no Santos, que era presidido por Samir Jorge Abdul-Hak.
Vice e diretor de futebol do Peixe na época, José Paulo Fernandez recordou.
- Houve um interesse, na época tínhamos como o patrocínio a Unicor, mas quem estava mais à frente disto era a empresa do Pelé (Pelé Sports & Marketing). Na época teve rádio da Argentina me ligando para saber da história. Mas tudo não passou de um flerte... - afirmou, ao LANCE!.
A "Pelé Sports & Marketing", que tinha o "Rei" como sócio, iria pagar os vencimentos do meia. No entanto, as duas partes não chegaram a um acordo e Maradona desembarcou no Boca Juniors.
Décadas depois, Pelé brincou com o camisa 10 argentino, que comandava um programa de entrevistas, sobre o episódio.
- Há sete ou oito anos eu quis comprar o passe desse "muchacho". Ele não quis - disse o "Rei".
SÃO PAULO? TAMBÉM SEM CHANCE!
A última cartada de um clube brasileiro veio do São Paulo, quando o craque já havia pendurado as chuteiras. Em 1997, houve uma tentativa do Tricolor Paulista abrir negociação com a Pelé Sports & Marketing para que Maradona fosse encaminhado ao clube.
Só que a diretoria são-paulina não chegou a um acordo com a empresa do "Rei", que pretendia ficar com o passe de Diego. Assim, mais uma tentativa foi rechaçada.
Ver o meia por um clube brasileiro não passou de um sonho.
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