Com a recente eliminação do Inter Miami nos playoffs da MLS, nos últimos dias muito se tem comentado sobre a possibilidade de Lionel Messi ser emprestado ao Barcelona ou a um clube da Arábia Saudita, tendo em vista que a equipe norte-americana só volta a jogar em fevereiro de 2024 e o atleta ficaria inativo por quase quatro meses.
Ainda que exista a possibilidade, existem empecilhos que podem travar a negociação temporária de Messi com outro clube, considerando que as janelas de inscrições das principais ligas europeias, assim como a janela de inscrições da Liga Saudita, encontram-se fechadas.
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Rodrigo Marrubia, especialista em direito desportivo e sócio da Carlezzo Advogados, analisa a possibilidade de empréstimo sob a ótica do Regulamento da FIFA.
- Ainda que Messi já tenha sido registrado por dois clubes no último ano (Paris Saint-Germain e Inter Miami), sob a ótica do Regulamento de Transferências da Fifa seria possível o atleta ser negociado e atuar por uma terceira equipe. Ainda que via de regra a Fifa autorize que um atleta seja registrado por até três equipes durante uma temporada, sendo elegível, porém, a jogar partidas oficiais por apenas dois desses times, esse caso se enquadraria na exceção do Regulamento, quando o atleta se transfere entre clubes de associações que possuem temporadas que se sobrepõe, por exemplo, como é o caso da Federação Espanhola e Saudita. As duas começam no início do segundo semestre, ao passo que a Federação Norte-Americana inicia sua temporada no início do ano. Neste caso o atleta estaria autorizado a atuar por uma terceira equipe.
No entanto, o especialista ressaltou que neste momento não seria possível a conclusão do empréstimo, tendo em vista que a janela de transferências dos clubes espanhóis e sauditas encontra-se encerrada desde setembro, razão pela qual teriam que aguardar a abertura da janela em janeiro de 2024.
- - O prazo mínimo de duração deste contrato de empréstimo teria que obedecer ao disposto no Regulamento da Fifa, qual seja o período mínimo entre duas janelas de transferências, ou seja, se o atleta for emprestado em janeiro seu empréstimo teria duração mínima de cerca de seis meses, o que certamente deve ser um grande empecilho para que o Inter Miami aceite emprestar seu craque, ante o alto investimento realizado para contratá-lo - disse Marrubia, do Carlezzo Advogados, explicando sobre um eventual empréstimo do atleta no início do próximo ano.