O retorno do Milan a uma competição europeia está mais difícil do que parece. Mesmo após a classificação à fase de grupos da Liga Europa, o Rubro-Negro pode ser excluído da competição. Isso porque não conseguiu provar à UEFA que praticou o Fair Play financeiro na última temporada, o que é uma exigência da entidade máxima do futebol no continente.
Trocando em miúdos, o time de Milão precisa comprovar que não contratou nenhum jogador com preço distante do mercado, além da origem do dinheiro. Ele é legal e/ou utilizado para sonegação fiscal do grupo que o controla? O prazo para a equipe esclarecer as contas desta temporada venceram e agora o clube será julgado em junho. A punição pode ir de uma multa de R$ 20 milhões de euros até a exclusão da Liga Europa.
Caso isso aconteça, a Atalanta, que ficou em sétimo lugar, herdará a vaga na fase de grupos da segunda principal competição no continente. A Fiorentina terminou o Calcio em oitavo e ficaria com a vaga italiana dos playoffs da Liga Europa. O MIlan foi vendido em 2016 por 740 milhões de euros para um grupo de empresários chineses, liderados por Yonghong Li.
No entanto, a Justiça italiana suspeita que a transação possa ter sido fraudada para encobrir uma suposta lavagem de dinheiro. Inclusive, para conseguir comprar o Milan, o empresário precisou vender uma de suas empresas. A Justiça recebeu da Guarda de Finanças italiana três "sinais de transações suspeitas" entre Li e o ex-presidente do Milan e da Itália, Silvio Berlusconi. Desde então, o clube precisa provar à UEFA que 'está nos trilhos'.
No período, o Milan elevou o patamar do elenco e contratou jogadores como Bonucci, da Juventus, Lucas Biglia, Franck Kessié e Çalhanoglu.