Ministro minimiza racismo sofrido por Koulibaly: ‘Brincadeira saudável’

Na partida entre Inter de Milão e Napoli, zagueiro senegalês ouviu cânticos que o depreciavam por sua cor; Nerazzuri teve punição de dois jogos sem torcida na Serie A

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Kalidou Koulibaly, zagueiro do Napoli, ouviu cânticos racistas da torcida da Inter de Milão em um jogo pelo última rodada do Campeonato Italiano. O senegalês foi expulso por ter aplaudido os torcedores de uma forma irônica, o que gerou uma repercussão negativa entre torcedores e dirigentes mundo afora, que não concordaram com aquilo que veio das arquibancadas do Giuseppe Meazza. 

Para Matteo Salvini, vice-Primeiro Ministro da Itália e Ministro do Interior, porém, os cânticos da torcida da Inter de Milão não representam racismo. Para ele, o que aconteceu com Koulibaly não passa de algo - em suas palavras - natural dentro dos estádios de futebol.

- Nos estádios também cantam 'Milão em chamas'. Isso seria racismo? Não coloquemos tudo no mesmo saco. Bonucci (zagueiro da Juventus) foi vaiado pelos torcedores do Milan, isso também é racismo? A brincadeira saudável entre torcidas não pode ser considerada racismo - declarou, ao canal local "Mediaset".

Por conta do episódio, a Internazionale foi punida com dois jogos sem torcida pelo campeonato local. Na opinião do ministro, a medida não é certa, já que tira o direito dos torcedores inocentes de estarem nos estádios. Além disso, Matteo Salvini afirmou que a solução para resolver essa situação são que os jogos da competição sejam realizados de dia. 

- Fechar os estádios condena os verdadeiros torcedores, que devem ser distinguidos dos delinquentes. Certas partidas não podem mais ser disputadas à noite. As de maior risco devem ser jogadas à luz do sol e com helicópteros para controlar os delinquentes - finalizou.

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