MLS reafirma mudança de postura em contratações após declaração de Neymar sobre a liga
Futebol dos Estados Unidos não é mais local para aposentados vindo da Europa
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Nos últimos dias, após Neymar e Lionel Messi declararem interesse em atuar na MLS, o comissário Don Garber se posicionou em coletiva afirmando que o torneio não é um 'retiro para estrelas'. Por muitos anos, para chamar a atenção da mídia e de torcedores de dentro e fora do país, os norte-americanos optaram pela contratação de jogadores prestes a se aposentar. Kaká, Pirlo, Lampard e Schweinsteiger são exemplos de atletas que fizeram sucesso na Europa e se aposentaram nos Estados Unidos.
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Com o passar dos anos, a realidade mudou. A liga começou a investir na contratação de promessas sul-americanas e atletas com destaque na Europa, como Lorenzo Insigne, negociado pelo Napoli com o Toronto FC, e Xherdan Shaqiri, ex-Lyon, que foi contratado pelo Chicago Fire. No ano passado, inúmeros jogadores jovens que se destacaram no Brasil foram contratados para atuar na MLS.
O New York City comprou Talles Magno, vendido pelo Vasco por R$ 42 milhões. Em negociação parecida, o São Paulo vendeu o atacante Brenner para o Cincinnati FC, por R$ 70 milhões. Além de Talles e Brenner, o atacante venezuelano Soteldo, de 23 anos, se destacou pelo Santos e foi contratado pelo Toronto FC, agremiação canadense que disputa a competição.
Na opinião de Rui Costa, diretor do São Paulo, essa mudança de mentalidade começou a ser implantada pelos norte-americanos há algum tempo.
- A MLS é uma liga muito profissional. Antes, eles traziam grandes ídolos em busca de audiência, mas agora eles passaram a apostar em atletas jovens com possibilidade de revenda. Eles são muito organizados, é um planejamento que deve existir há anos e tem ficado cada vez mais evidente - explica o dirigente.
- As negociações entre clubes brasileiros e norte-americanos têm sido cada vez mais comuns. A valorização do dólar faz com que os negócios sejam vantajosos para os times da MLS, já que são atletas com um custo acessível e que entregam resultados esportivos. É um campeonato estruturado e muito forte economicamente - analisa Júnior Chávare, executivo de futebol com passagens por Bahia, Atlético-MG, São Paulo, Grêmio e Juventus (ITA).
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