Mundial de Clubes: Michael é coadjuvante de Cuéllar na estreia do Al Hilal
Atacante brasileiro tem dificuldades diante da marcação do Wydad Casablanca e faz menos do que seu substituto Vietto<br>
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Michael era para ser o protagonista das quartas de final do Mundial de Clubes da Fifa entre Al Hilal e Wydad. Mas só quando saiu de cena é que surgiu o plot twist, a virada na história, e o jogo passou a ser favorável ao time da Arábia Saudita. No fim, o eleito melhor do jogo foi Cuéllar, outro ex-Flamengo, o dono absoluto do meio-campo.
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Nos primeiros minutos do confronto no estádio Príncipe Moulay Abdellah, em Rabat, até que Michael apareceu com certa desenvoltura. Antes dos 10, foi acionado duas vezes. Puxou contra-ataque desde a intermediária e não teve culpa se o centroavante Ighalo perdeu a jogada na sequência. Depois, mesmo diante de dois marcadores, conseguiu encontrar o espaço e fazer o cruzamento na área, cortado pela zaga.
Na meia hora final do primeiro tempo, mostrou solidariedade na marcação, ajudando a bloquear duas vezes o ataque do Wydad, na lateral defensiva do Al Hilal. Numa delas, deu pique de 50 metros até a linha de fundo e ainda teve fôlego para reclamar com o bandeirinha da marcação do escanteio depois de dividir com o atacante adversário.
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O atacante mostrou a reconhecida capacidade de se livrar dos marcadores em curto espaço com rapidez uma vez em cada tempo. No meio de três, conseguiu dar bom passe para Ighalo na entrada da área. E de costas para a marcação, deu um toque de primeira que deixou Marega em boa condição pela meia direita, tanto que a defesa do Wydad foi forçada a fazer falta perigosa à própria meta.
Michael só conseguiu finalizar uma vez nos 88 minutos que ficou em campo. Foi aos 19 do segundo tempo, ao cortar o marcador dentro da área e chutar com efeito buscando o ângulo oposto. Mas a conclusão foi travada e nem chegou ao gol.
O atacante passou mais 25 minutos sem quase ser notado de novo. Até que foi substituído, aos 43, pelo argentino Luciano Vietto, o camisa 10 do Al Hilal. Michael mal tinha cruzado o campo pelo lado de fora para o banco de reservas quando viu a bola bater na mão de Attiyat Allah, do Wydad, dentro da área.
Nos 11 minutos de acréscimos depois do gol de empate em pênalti convertido por Kanno e na meia hora de prorrogação, o substituto de Michael foi bem mais participativo e efetivo. De acordo com as estatísticas do Footstats, em 43 minutos, Vietto tocou na bola mais do que o dobro das vezes do brasileiros (72 a 34), dando quase o quádruplo de passes por consequência disso (18 a 5). Cruzou (5 a 2), driblou (2 a 1), deu assistência para finalização (1 a 0) e até sofreu faltas (2 a 1) em maior número.
Enquanto isso, Cuéllar foi absoluto em campo. Principal controlador e distribuidor da posse de bola. O volante colombiano foi o líder absoluto dessas estatísticas, com 282 toques na bola e 103 passes.
A atuação abaixo do esperado não deve custar a Michael a vaga entre os 11 iniciais contra o Flamengo. O técnico argentino Ramon Diaz perdeu o meia Kanno, suspenso pelo cartão vermelho, e dificilmente vai contar com Carrillo, outra opção para o setor de armação, substituído na prorrogação por lesão.
O respeito que Michael reforçou ter pelo Flamengo, seus jogadores e torcedores, nas entrevistas da zona mista de saída do estádio vai ter que se transformar em mais ousadia e eficiência na terça-feira que vem. Se não, o atacante periga virar coadjuvante de novo na história do Mundial de Clubes.
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