Mundo Deportivo: ‘Rosell deixou um legado de peso no Barcelona’
Diretor do diário esportivo catalão analisa importância do ex-presidente do Barça - absolvido em caso de fraude fiscal envolvendo a Seleção Brasileira - para o clube
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O período de Sandro Rosell como presidente do Barcelona é muito mais reconhecido agora do que quando o dirigente estava no comando do clube. Sandro, quando vice-presidente, foi perseguido por ser um "cruyffista" que se recusou a assinar contratos com Ayala, Albelda e Aimar para trazer Ronaldinho Gaúcho. Rosell não foi poupado. Sofreu até uma ação de responsabilidade que o confrontou com toda a diretoria anterior e um amplo setor da mídia. Um relato fictício se construiu sobre ele de todos os tipos. Foi punido por falar com o presidente do Extremadura, marcado como um não-nacionalista quando ele é assim toda a sua vida.
Rosell também foi quem negociou (com o ex-presidente Jose Núñez) o contrato para a Nike vestir o Barcelona, o que foi um grande passo em direção à modernidade. Lá Sandro percebeu que o ex sempre negociava pelo bem de Barcelona. Eles não eram amigos, mas selaram um bom acordo.
Com Joan Laporta como presidente, Rosell foi, como disse anteriormente, a chave para a contratação de Ronaldinho. Sem ele, R10 não teria chegado ao Barça e estabelecido a base para negociar as transferências com uma margem estreita para os agentes (eles também estavam irados com ele). Foi o presidente que restaurou a força econômica após a desastrosa era Laporta.
Com Antoni Rossich como o seu gerente geral de ferro, o Barça recuperou a economia. Além disso, Rosell tem a melhor porcentagem de títulos por ano (2,7). Ele influenciou os jogadores a doarem 0,5% de seus salários à Associação de Veteranos e à Fundação. Da mesma forma, durante seu mandato, o patrimônio foi recuperado e aumentado e um novo CT Masia foi construído na cidade dos esportes. Ele também contratou Neymar e é por isso tão perseguido em Madri.
Então alguém decidiu que era melhor que ele passasse um tempo na sombra após a prisão, até que, há dias, foi absolvido*. Saiu mais forte.
(*) Rosell foi absolvido das acusações de ser um dos pivôs de uma lavagem de dinheiro no processo de venda de direitos televisivos de alguns jogos da Seleção Brasileira, durante o mandato de Ricardo Teixeira na CBF (Rosell trabalhou como diretor de marketing da Nike para a América Latina no fim dos anos 90 e morou no Brasil, tornando-se amigo de Teixeira). Passou 21 meses preso e, desde fevereiro deste ano, estava em liberdade condicional. aguardando o julgamento sobre a fraude fiscal.
(NR: Santi Nolla é diretor do 'Mundo Deportivo', diário espanhol parceiro do L!)
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