Possível adversário do Flamengo, Al-Hilal vive crise às vésperas do Mundial
Equipe saudita encarou o Flamengo na semifinal do Mundial em 2019
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Temido por alguns torcedores mais cautelosos do Flamengo, o Al-Hilal vive uma crise tanto dentro quanto fora dos gramados às vésperas de sua estreia no Mundial de Clubes. Em campo, a equipe dirigida por Ramon Díaz não vem conseguindo os melhores resultados na Arábia Saudita, mas também sofre com a saída de jogadores e sem condições de contratar novas peças devido a uma punição nas duas últimas janelas de transferências.
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INÍCIO DE TEMPORADA TURBULENTO
Contratado em 2017, Mohamed Kanno tornou-se rapidamente uma peça indispensável do Al-Hilal e um dos principais jogadores da Arábia Saudita, que venceu recentemente a Argentina na Copa do Mundo. Titular absoluto, o meia tinha contrato com sua equipe até junho de 2022 e sua renovação foi alvo de muita polêmica.
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Próximo do fim de seu acordo, o atleta havia assinado um pré-contrato com o Al-Nassr (clube que contratou Cristiano Ronaldo), um dos maiores rivais de sua equipe na Arábia Saudita. No entanto, o jogador optou por assinar um novo vínculo com Al-Hilal até 2025. Nesse ponto, o calvário da equipe de Ramon Díaz começou.
Na sequência, a Federação Saudita optou por punir o Al-Hilal com a impossibilidade de operar nas duas janelas de transferências da temporada 2022/2023. Com isso, os sauditas não contrataram nenhuma peça desde o fim do mercado de janeiro de 2022, além de pagarem uma multa de 7,2 milhões de dólares (R$ 36,5 milhões na cotação atual).
PERDA DE JOGADORES E RESULTADOS RUINS
Após um bom início de temporada no Campeonato Saudita, o Al-Hilal não consegue ser dominante em nível nacional. Nos últimos 11 jogos da Saudi Pro League, a equipe, que pode encarar o Flamengo no Mundial de Clubes, venceu cinco jogos, empatou outras cinco partidas e saiu derrotada de um confronto. Com isso, a equipe ocupa a vice-liderança nacional.
No último duelo realizado antes de encarar uma viagem para enfrentar o Wydad Casablanca nas quartas de final do torneio, o Al-Hilal saiu de campo derrotado diante do Al Feiha na semifinal da Supercopa Saudita. Em crise, os sauditas têm pela frente o mata-mata da Champions League Asiática poucos dias após o fim do Mundial.
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Além de não poder contratar novos jogadores nas últimas janelas de transferências, o Al-Hilal vem sofrendo com a perda de peças importantes. Ainda na Copa do Mundo, o lateral-esquerdo Yasser Al-Shahrani sofreu uma grave lesão após um choque violento com o goleiro e companheiro de time Al-Owais, precisou passar por cirurgia e é desfalque no elenco.
Pouco aproveitado com Ramon Díaz, o brasileiro Matheus Pereira foi emprestado nos últimos dias ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes. O jogador havia sido um dos principais destaques da Premier League 2020/2021 com a camisa do West Bromwich, mas o rebaixamento da equipe fez com que o meia optasse por se aventurar na Arábia Saudita.
Além destes problemas, a presença de Michael na competição é incerta, uma vez que o ex-jogador do Flamengo se lesionou no último dia 22 de janeiro e não disputou o duelo pela Supercopa Saudita, no dia 26 de janeiro. O Al-Hilal acumula problemas e as soluções estão com os atletas mais veteranos da equipe.
PARA FICAR DE OLHO
As maiores ameaças do Al-Hilal são seus veteranos que, em algum momento, fizeram sucesso na Europa. Os atacantes Odion Ighalo e Moussa Marega, com passagens por Manchester United e Porto, respectivamente, são duas das principais armas de uma equipe com um poderio econômico descomunal.
O elenco também conta com a dupla que deu a vitória à Arábia Saudita contra a Argentina na Copa do Mundo: Salem Al-Dawsari e Saleh Al-Shehri. Por sinal, a base da seleção nacional está no Al-Hilal, que também conta com Al-Owais (goleiro), Salman Al-Faraj (meia) e Mohamed Kanno (meia). Além destes, nomes conhecidos do futebol brasileiro e sul-americano, como o colombiano Cuellar, ex-Flamengo, e o peruano Carrilo também estão presentes no plantel dirigido por Ramon Díaz.
Apesar dos talentos, o Al-Hilal não chega com a pompa de outrora, como aconteceu no Mundial de Clubes disputado em 2019. A equipe saudita encara o Wydad Casablanca neste sábado, um desafio muito complicado contra o principal time africano da última temporada antes de pensar na possibilidade de disputar a semifinal da competição.
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