O que explica as crises de Real Madrid e Manchester City na temporada?
Apesar da promessa de ano triunfal, equipes enfrentam dificuldades no início de 2024-25
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O começo da temporada 2024-25 do futebol europeu reservou algumas surpresas: antes do ano começar, era quase um consenso que Real Madrid e Manchester City, a partir de contratações de peso e a manutenção de elencos vencedores, iriam ampliar o domínio no Velho Continente, porém isto tem passado longe de acontecer. Na realidade, o retrato atual é o de dois gigantes em crise e que correm risco de uma grande frustração de expectativas.
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Tanto no Etihad Stadium quanto no Santiago Bernabéu, a esperança era de um ano glorioso: de um lado, um elenco reforçado na busca pelo pentacampeonato consecutivo na Inglaterra, e do outro, os holofotes dignos de uma contratação de peso como a de Kylian Mbappé. Porém, os resultados em campo apontam que talvez uma mudança de rota seja necessária.
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Mbappé é o problema do Real Madrid?
No caso merengue, o contraste entre as atuações da temporada passada e da atual escancara o problema que Ancelotti está enfrentando para encaixar o time. Com a chegada de Mbappé, que prometia colocar a equipe um nível acima das demais na Europa, o italiano está precisando quebrar a cabeça para montar um conjunto coeso no setor de ataque. Antes foco das ações de ataque merengues, Vini Jr. agora divide a responsabilidade com o astro francês.
No entanto, o caso mais claro da dificuldade de adaptação da equipe é a queda de rendimento de Jude Bellingham. Para quem se acostumou com a temporada goleadora e decisiva do inglês em 2023-24, vê-lo tão longe da grande área causa estranheza. Aliás, a falta de um posicionamento fixo pode estar influenciando seu desempenho: desde o começo do ano, o meia já atuou aberto pelos dois lados e como articulador.
O jornal "Marca", por exemplo, noticiou recentemente que Bellingham estaria insatisfeito com a atual falta de protagonismo ofensivo, motivada pela chegada de Mbappé. Na temporada passada, o Real Madrid atuava sem um centroavante, o que facilitava a flutuação de Vini, Bellingham e Rodrygo na criação de chances ofensivas.
Mesmo que a lacuna tenha sido preenchida de forma impactante, a adaptação não tem ocorrido de forma ideal. O francês, aliás, segue sendo alvo de críticas por falhas no posicionamento e volume de gols perdidos.
Enquanto o Real Madrid parece longe da forma ideal, o Barcelona, que se movimentou de forma bem mais discreta no mercado, assume o protagonismo no futebol europeu. Líder de La Liga, com 33 pontos em 12 jogos, o time blaugrana foi protagonista da derrota mais simbólica dos Merengues até então: o 4 a 0 em pleno Santiago Bernabéu, com show de Raphinha, Lewandowski e Lamine Yamal.
Lesões e incertezas atrapalham o ano do Manchester City
Os Cityzens, do outro lado, também têm graves problemas com o elenco. A lesão séria de Rodri, que tirou o volante e atual Bola de Ouro da temporada, representa um baque nas engrenagens de Pep Guardiola. Mesmo que Kovacic seja um volante de nível, a ausência das características de criação e marcação do espanhol são sentidas em campo: o City sofreu oito gols e marcou três vezes nos últimos três jogos. A surpreendente goleada sofrida para o Sporting, na última terça (5), foi a primeira vez que o time sofreu quatro gols em um jogo desde 2020.
E, de fato, o departamento médico tem sido um dos grandes obstáculos para o rendimento do Manchester City. O meia Kevin de Bruyne, que retornou de lesão no final da partida contra o Sporting, perdeu quase dois meses no tratamento de um problema na virilha. Somando isso à lesão de Grealish, grande parte do meio de campo comandado por Guardiola tem atuado desfalcado.
O peso disso está sendo sentido na atual sequência da equipe: são três derrotas consecutivas que culminaram na eliminação na Copa da Liga Inglesa e na segunda colocação da Premier League, longe do domínio nacional projetado. Mesmo que a situação siga confortável na Champions League, com a perspectiva de classificação ao mata-mata, é necessário ligar o alerta.
Para além dos problemas com lesões e a sequência da temporada, também é preciso avaliar o peso da incerteza com o futuro de Pep Guardiola no comando do clube. No ano final de contrato com a equipe, o treinador já indicou a saída algumas vezes. Para complicar ainda mais a situação, o português Rúben Amorim, apontado como possível sucessor em caso de ruptura entre as partes, acertou com o Manchester United e começará a trabalhar pelo rival após a Data Fifa de novembro.
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