Oito anos depois, o que mudou na seleção argentina desde a ‘aposentadoria’ de Messi
Recordista do torneio, craque acumulou vices e abandonou o time antes da glória
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O adversário e o palco desta terça-feira formam o cenário ideal para relembrar, com uma saudade antecipada, a carreira de Lionel Messi pela seleção argentina. Porque a história que terminará com final feliz não teria acontecido se a decisão anunciada há oito anos fosse mantida. O rival e o estádio são os mesmos da partida desta terça-feira, às 22h (de Brasília): o Chile, no MetLife Stadium, nos Estados Unidos.
Em 2016, Argentina e Chile disputaram a final da Copa América Centenario, também sediada pelos EUA. Messi amargou o vice-campeonato, o quarto com a camisa celeste, já que também perdeu outras duas finais de Copa América e uma de Copa do Mundo.
No calor do momento, o trauma foi visto como o fim daquela geração pelo time nacional, e alguns nomes importantes anunciaram que não jogariam mais pela equipe. Entre eles o maior de todos, Lionel Messi, que perdeu uma das cobranças da disputa de pênaltis.
- A seleção acabou para mim. Não é para mim. Eu tentei, era o que eu mais desejava, e não deu - disse o craque.
Do trauma à taça
A decisão chocou o mundo por um mês e meio, até o craque, então com 29 anos, voltar atrás. E a história, até então dramática, demorou mais alguns anos para virar um conto de fadas. A seleção argentina ficou pelo caminho nas edições seguintes da Copa do Mundo e da Copa América, o que deu sequência à rotina de frustrações.
O ponto de virada foi a partir de 2021, quando a Associação de Futebol Argentino (AFA) apostou no até então interino Lionel Scaloni como treinador. Comandado pelo xará, Messi levantou a taça da Copa América de 2021, no Brasil, o que encerrou o jejum de 28 anos sem títulos da equipe celeste.
No ano seguinte, a glória máxima: o título mundial em 2022, no Catar, na final histórica contra a França. Desde então, a seleção argentina deixou para trás a pecha de desorganizada para ser o time a ser batido da atual edição da Copa América.
Recorde e despedida?
A imagem de derrotada faz oito anos na próxima quarta-feira, um dia depois de Messi e companhia voltarem ao MetLife Stadium em outro momento, com títulos e a gratidão da torcida argentina.
O que era um trauma virou só mais um episódio que enriqueceu a trajetória de um dos maiores personagens da Copa América. Lionel Messi é recordista de jogos pela competição, com 35 partidas em sete edições do torneio.
Aos 37 anos, o camisa 10 pode se despedir da seleção argentina ao fim dessa Copa América. Dessa vez, para valer. Em reta final de carreira, o craque revelou que o Inter Miami será o último clube como profissional e não garantiu presença na próxima Copa do Mundo.
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