OPINIÃO: Americanos analisam do sorteio de grupos da Copa América
Parceiro do pool do L!, o jornal El Diário de Nova York considera o grupo dos EUA como o da Morte e o Brasil como o mais fácil
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Em ato muito sóbrio foi celebrado no coração de Nova York, autoridades da Conmebiol e da Concacaf realizaram neste domingo domingo o sorteio da Copa América do centenário, que ocorrerá em dez cidades dos Estados Unidos entre os dias 3 e 26/6. Estados Unidos, Brasil, México e Argentina dos Grupos A,B,C e D, respectivamente. E a análise dos grupos nestes pouco mais de três meses para o torneio é a seguinte:
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GRUPO A
Estados Unidos, Colômbia, Costa Rica e Paraguai
Se tem um grupo da Morte, não há dúvida: é este. Teoricamente, Estados Unidos e Colômbia aparecem como os mais fortes. Porém, a Costa Rica vem de ótima campanha nas quartas de final da Copa-2014 e mostra progressos, já competindo com êxito na Concacaf. O Paraguai, por sua vez, vive uma reformulação e parece ter encontrado no técnico Ramón Diaz um gestor ideal para conseguir regressar ao primeiro plano do futebol. E não podemos esquecer que a seleção foi semifinalista da Copa América-2015.
Nos Estados Unidos, o treinador Jurgen Klinsman precisará assumir o que está no rol dos favoritos, embora a sua seleção ainda precise se liberar do “Fator Donovan”, o ídolo que não está mais na seleção. A liderança agora é de Clint Dempsey, um dos poucos veteranos do grupo, e os gols estará a cargo de Altidore. A Colômbia segue nas mãos de José Pekerman e tenta recuperar o bom futebol apresentado no Brasil em 2014. Mas o grupo é outro. Na defesa, só restou Zapata daquele time-sensação no Mundial. James Rodríguez, mais do que nunca, tem de mostrar seu bom futebol. Felizmente terá a companhia de Cuadrado e de Cardona na criação. Mas, sem duvida, o que Pekerman quer é recolocar o time na rota certa e conquistar a vaga à Russia-2018, já que o caminho nas Sul-americanas está bem complicado.
Para resumir esta Grupo da Morte tem dois favoritos em reconstrução - EUA e Colômbia - e dois rivais que podem propiciar um desgosto a um dos favoritos.
GRUPO B
Brasil, Equador, Peru e Haiti
Aqui estamos diante de um grupo clássico. Uma potência muito destacada, o Brasil, e uma seleção figurante, no caso o Haiti, que desembarcará nos Estados Unidos apenas para aprender um pouco mais e ganhar experiência.
É certo que Dunga dá solidez ao Brasil. Porém, há falta de sensibilidade no jogo brasileiro, pois a Seleção é muito mais velocidade do que técnica. Ainda assim, os canarinhos são favoritos, mesmo tendo em seu grupo o Equador, que hoje lidera a Eliminatória da América do Sul, e um rival sempre complicado que é o Peru, com seus experientes Guerrero e Pizzarro e o aporte de jovens de boa qualidade como Cuevas ou Reyna e que tem tudo para resgatar o futebol que já apresentou na era Cubillas.
Há sempre a dúvida de como virá o Brasil, pois Dunga não informou se trará um time misto ou a melhor seleção possível. O real é que o Brasil, mais do que qualquer outra seleção do mundo, precisa urgentemente resgatar a sua imagem após a humilhação que passou na Copa-2014 após aquele Alemanha 7 a 1. Dunga terá problemas para contar com Neymar, que parece muito mais disposto a jogar os Jogos Olímpicos do Rio, na esperança de comandar a equipe a ganhar o único troféu que falta na vasta galeria de títulos dos brasileiros.
Ainda assim, do Brasil sempre se exige ganhar e tem boas recordações: há 22 anos, em terras americanas, foi campeão mundial derrotando a Itália, com uma seleção que não jogava bonito, mas ganhava (hoje a seleção do Brasil não joga bonito e não ganha nada!).
No Equador, o treinador Gustavo Quinteros vive o mesmo dilema. Trará seu time A ou apostará numa equipe de menor nível? Esta será a chave para saber se os equatorianos têm poder de fogo para ser o segundo colocado atrás do Brasil.
GRUPO C
México, Uruguai, Jamaica e Venezuela
A forte esquadra uruguaia é aquela que se apresenta como o inimigo mais perigoso dos mexicanos, pois Venezuela e Jamaica são rivais com limitações evidentes. A Tricolor de Osório fará a partida de abertura no dia 5 de junho em Phoenix, justamente contra a Celeste, que anda complicando a esquadra mexicana, como na Copa-2010 e na Copa América-2011.
Da Jamaica, pouco se espera. O trunfo é que o treinador alemão Winfried Schafer está há dois anos por lá e conhece bem o seu grupo. Nada mais. Da Venezuela, os péssimos resultados nas Eliminatórias fizeram explodir uma crise e vários jogadores se recusam a jogar pelo selecionado. Com qual time (e o A não é bom) virá a Venezuela?
GRUPO D
Argentina, Chile, Panamá e Bolívia
É o grupo mais simples para ser analisado. Está claro que a Argentina, por tudo o que representa e com Messi ansioso pelo seu primeiro título com a seleção, e o Chile, campeão sul-americano e com uma geração espetacular de jogadores, são favoritos.
O Panamá do treinador ‘Bolillo’ Gómez certamente fará jogos animados, pois o time está evoluindo. Porém, a posibilidade de ser uma surpresa competindo contra seleções de ponta da Conmebol não está a seu alcance. E a Bolivia de Julio César Baldiviezo? Vai mal nas Eliminatórias e não trem um bom elenco.
Com isso, veremos um duelo de poderes entre Argentina e Chile que reeditarão a final da Copa América-2015. Há o risco de Messi não vir para a competição. Mas por hora contam com ele. É verdade que Lionel Messi está comprometido com todos seus outros grandes jogadores, a Albicleste de Martino é candidata ao título. Está claro que Messi, no melhor momento de sua carreira, não pode seguir perdendo finais (Copa-2014, Copa América-2015) e ele quer fazer bom festejo em 2016.
No Chile o panorama é simples. Tem uma equipe formada e entrosada e basta o novo treinador Juan Antonio Pizzi, no lugar de Jorge Sampaoli, faça os ajustes próprios de um técnico recém-chegado e ajuste este ótimo time à sua maneira.
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