Pai de Neymar: ‘Ou nos deixam trabalhar, ou saímos’

Problemas com a Fazenda Espanhola podem ser decisivos para o craque não ficar no Barça

imagem cameraNeymar está envolvido em problemas fiscais (Foto: Reprodução / Facebook)
Dia 18/11/2015
15:09
Atualizado em 18/11/2015
15:34
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Em entrevista à "Rádio Cadena Ser", o pai do atacante Neymar não garantiu a permanência do filho no Barcelona. O craque tem contrato com o clube até 2018 e, apesar de ter iniciado as conversas pela renovação, encontra dificuldade para firmar o acordo em virtude de problemas fiscais.

- Há coisas que não resolvemos e nos deixam intranquilos. Estamos recebendo muitos ataques do Brasil e da Espanha graças aos assuntos ligados à receita. É duro. Conversamos com todos para saber o que devemos fazer em relação a isso, porque não queremos ficar na Espanha dois, três, quatro, cinco ou dez anos e depois nos pegarem de surpresa afirmando que nossa estrutura não é correta - desabafou Neymar pai.

A primeira polêmica envolve a ida da joia para o Barcelona, em 2013. Durante a transferência, um empréstimo de dez milhões de euros (cerca de R$ 47 milhões) teria sido feito entre o clube catalão e a empresa do pai e empresário do jogador, a N & N Consultoria Esportiva e Empresarial, valor repassado sem qualquer garantia e juros, o que não caracteriza o empréstimo. A transferência do atacante segue investigada pela Fazenda Espanhola.


A Justiça brasileira também está de olho nos tempos em que o jogador atuava no Santos. Na época, Neymar recebia cerca de 90% de seu salário referentes a direitos de imagem, que eram pagos diretamente na conta em uma das empresas do pai do jogador, o que acarretaria em uma tributação inferior. Os valores seriam superiores se o jogador pagasse os impostos e declarasse sobre tudo que ganhava.

Incomodado com as acusações, o pai do jogador reforça a possibilidade de ver o filho longe do Camp Nou.

- A falta de compreensão nos deixa muito inseguros e nervosos. Devemos fazer as coisas bem e saber que na Espanha, ou nos deixam trabalhar, ou saímos. Não quero falar de perseguição, mas se não temos uma situação confortável para trabalhar não podemos continuar. Se estamos criando problemas, podemos ficar aqui. Nunca tivemos problemas fiscais tão grandes.

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