Palco da final da Champions League, Estádio Olímpico Atatürk deixou de sediar a decisão em dois anos por conta da Covid-19
Arena em Istambul também já recebeu confronto entre ingleses e italianos
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Após uma longa espera, a cidade de Istambul receberá a decisão da Champions League 2022/2023. O duelo entre Manchester City e Inter de Milão acontecerá no Estádio Olímpico Atatürk, neste sábado (10), às 16h (de Brasília).
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O paclo era para ter sediado a decisão da competição em 2019/2020, mas foi afetada por conta da Covid-19. No ano seguinte, o local também não pôde receber o duelo entre Chelsea e Manchester City por motivos relacionados as restrições causadas pela pandemia. O LANCE! relembra os episódios.
INÍCIO DA PANDEMIA
Em fevereiro de 2020, a Uefa realizou os jogos de ida das oitavas de final da Champions League com normalidade, embora a Covid-19 já fosse um tema preocupante na área sanitária de todo o mundo. No mês seguinte, uma parte dos jogos da volta foram disputados, mas os efeitos da pandemia foram vistos com estádios vazios e jogos decisivos sem público.
Após a paralisação do futebol por meses, a Uefa retomou a Champions League em um formato parecido com o que a NBA havia adotado nos playoffs. A entidade decidiu mudar a sede da decisão para Portugal e criou uma espécie de "bolha", em que as oito equipes classificadas às quartas de final disputariam suas classificações em partidas únicas, sem a presença de torcida e sem deixar o país da Península Ibérica.
Com isso, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique disputaram a grande decisão da competição mais importante da Europa no Estádio da Luz, em Lisboa. Por conta da mudança, a Uefa sinalizou à Turquia que o país receberia a final do torneio na temporada seguinte. No entanto, nem tudo saiu como planejado.
NOVA MUDANÇA
Em 2021, a Covid-19 ainda era uma realidade. Cerca de duas semanas antes da final da Champions League entre Chelsea e Manchester City, a Uefa oficializou uma nova mudança de sede, que deixou de ser em Istambul pelo segundo ano consecutivo para ir ao Estádio do Dragão, em Porto.
Na época, a Turquia estava em uma espécie de "lista vermelha" do Reino Unido por conta do alto número de casos de Covid-19. Por conta disso, os torcedores de ambas as equipes estariam proibidos de viajar a Istambul, e a Uefa optou pela mudança para contar com a presença (limitada) das duas torcidas no estádio.
Na época, o Reino Unido tentou levar o duelo para o Estádio do Wembley, mas a Uefa exigia a presença de cerca de 21 mil pessoas no local, enquanto a Inglaterra nunca havia feito partida para mais de 10 mil pessoas na principal arena de Londres desde o início das restrições. Além disso, a entidade gostaria de levar convidados, o que fez com que Portugal fosse a melhor solução mais uma vez.
ÚLTIMA FINAL NO ATATÜRK
A última vez que o Estádio Olímpico Atatürk recebeu uma final de Champions League foi na temporada 2004/2005. Na ocasião, a decisão foi disputada curiosamente entre uma equipe da Inglaterra contra um time da Itália - e justamente de Milão. Liverpool e Milan fizeram um dos jogos mais memoráveis da história do futebol.
Na decisão, os italianos foram avassaladores no primeiro tempo e abriram 3 a 0, com gols de Paolo Maldini e dois de Hernán Crespo. Porém, na segunda etapa, os ingleses conseguiram o empate em apenas 15 minutos com gols de Gerrard, Smicer e Xabi Alonso.
O 3 a 3 se manteve na prorrogação e a disputa foi concluída nos pênaltis. O Milan desperdiçou suas duas primeiras cobranças com Serginho e Pirlo, enquanto Shevchenko também não converteu sua chance na quinta batida. O Liverpool acertou três pênaltis e. diante de mais de 70 mil torcedores presentes no estádio mais emblemático da Turquia, levantou a taça da Champions de forma épica.
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