Piqué se emociona ao falar da Catalunha e pode deixar a seleção
Zagueiro do Barcelona chorou ao comentar a violência contra o movimento separatista e avisa: "Se quiserem, deixo a seleção espanhola antes do Mundial"
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A vitória do Barcelona sobre o Las Palmas nesta tarde pelo campeonato espanhol ficou em segundo plano. O assunto da Catalunha é o referendo que acontece neste domingo em prol da independência da região.
Gerard Piqué, zagueiro catalão do Barça, foi entrevistado ao fim da partida e, voz ativa do movimento separatista, se emocionou ao falar da violência policial que marca o dia do referendo, deixando mais de 400 feridos na Espanha. Sem controlar o choro, Piqué comparou o momento do país ao franquismo, ditadura de Francisco Franco entre as década de 1930 e 70 que matou milhares de espanhóis.
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- A mensagem que envio é que, quando se vota, se pode escolher sim ou não... mas se vota. Neste país houve muitos anos, no franquismo, em que não se podia votar. Sou e me sinto catalão, e hoje mais do que nunca me sinto orgulhoso das pessoas da Catalunha pela forma maravilhosa como têm se comportado, porque não houve nenhum ato de agressão, e vieram a Polícia Nacional e Guarda Civil para agir da maneira como agiram.
Questionado pelo povo espanhol pele seu apoio ao movimento separatista, a permanência de Piqué e outros jogadores catalães na seleção da Espanha foi posta em dúvida no país. Mais uma vez emocionado, o zagueiro desabafou e afirma que, caso seja considerado um problema, deixaria a seleção.
- Se o treinador (Julian Lopetegui) e a Federação Espanhola acharem que sou um problema, não tenho nenhum problema em dar um passo ao lado e deixar a seleção antes do Mundial.
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