Presidente do Bayern de Munique detona Özil: ‘Não joga nada há anos’
Oli Hoeness declarou que o jogador deveria ter deixado antes a seleção da Alemanha
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O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, detonou o meia Özil, do Arsenal, que se aposentou da seleção da Alemanha por questões políticas. O dirigente criticou as últimas atuações do jogador.
- Estou feliz por isso ter acabado. Ele não joga m*** nenhuma há anos. Ele não ganha uma dividida desde antes da Copa de 2014. Agora ele e sua performance de m*** estão escondidas atrás dessa foto - declarou Hoeness, ao "Sport Bild".
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O mandatário do time bávaro relembrou ainda do duelo com o Arsenal, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da última temporada, vencido pelo Bayern por 5 a 1. Ele afirmou que seu time jogou em cima do meia.
- Quando jogamos com o Arsenal, jogamos em cima dele porque sabíamos que era o ponto fraco do time. O desenvolvimento do nosso país é uma catástrofe. Você precisa voltar para o que isso é: esporte. Do ponto de vista esportivo, Özil não tem espaço na seleção há anos.
ÖZIL SE DESPEDE NO DOMINGO
No último domingo, Özil emitiu um comunicado via Twitter anunciando sua aposentadoria da seleção da Alemanha. Frequentemente, o meia, de origem turca, expressa suas opiniões favoráveis à imigração e ao multiculturalismo no país e se disse perseguido pela Federação de futebol local.
No comunicado, ele criticou o presidente da entidade, Reinhard Grindel.
- Em 2004, enquanto você (Grindel) era membro do Parlamento (alemão), você reclamou que "o multiculturalismo é na verdade um mito, uma mentira duradoura", enquanto votava contra a legislação favorável à duplas nacionalidades e às punições por subornos, e também disse que a cultura islâmica se tornou muito entranhada em muitas cidades alemãs. Isto é imperdoável e não se pode esquecer.
A crise entre o jogador e a federação ficou ainda mais evidente após uma foto de Özil e Ilkay Gündogan, outro jogador da seleção alemã, junto com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, no dia 13 de maio, em Londres. O meia afirmou que não quis entrar em polêmica, mas a imagem desagradou a entidade.
- O tratamento que eu recebi da DFB e de muitos outros me fazem não mais querer vestir a camisa da seleção da Alemanha. Eu não me sinto querido e acho que tudo o que eu conquistei desde a minha estreia internacional (na seleção), em 2009, foi esquecido.
No comunicado, que tem três folhas, Özil também se defende das acusações de que a foto com o presidente turco tenha cunho político e declarou que faria mais uma vez.
- Para mim, ter uma foto com o presidente Erdogan não tem a ver com política ou eleições, mas com o respeito que tenho ao mais alto cargo do país de minha família. Meu trabalho é ser um jogador de futebol e não um político. De fato, nós falamos sobre futebol sempre que nos encontramos, já que ele também era jogador na juventude – diz um trecho do documento. - Eu sei que isso pode ser difícil de entender. Um líder político não pode ser separado da pessoa. Mas neste caso é diferente. Eu faria a foto novamente.
FEDERAÇÃO REBATE ÖZIL
Em nota oficial, a federação rebateu as acusações de racismo feitas por Özil e afirmou que a diversidade é de 'importância fundamental em todos os níveis' do futebol da Alemanha.
- As fotos com o presidente turco Erdogan levantaram questões para muitas pessoas na Alemanha. Concordamos que a DFB também contribuiu para lidar com o tópico. E é lamentável que Mesut Özil tenha achado que não tinha sido suficientemente protegido como alvo de slogans racistas contra sua pessoa, como foi o caso de Jerome Boateng. Mas era importante que Mesut Özil, como Ilkay Gündogan antes dele, desse respostas a essa foto, independentemente do resultado esportivo do torneio na Rússia. Na DFB, ganhamos e perdemos juntos, tudo em equipe - diz a nota.
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