Ex-presidente da Conmebol acusa Teixeira de liderar esquema de corrupção, diz jornal
Eugenio Figueredo disse em depoimento ao FBI que o ex-presidente da CPI era quem distribuía o dinheiro entre as federações do continente
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O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira é alvo de mais uma denúncia. Segundo informações do jornal “Estado de S.Paulo”, Eugenio Figueredo, ex-mandatário da Conmebol, disse em depoimento ao FBI que o brasileiro liderava o esquema de corrupção no futebol sul-americano. De acordo com o uruguaio, Teixeira e Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), eram os responsáveis por arrecadar o dinheiro que era distribuído entre as federações do continente.
- Era tão natural que a pessoa que entrava no grupo recebia o dinheiro que cada um sabia que ia receber. Grondona e Ricardo Teixeira começaram a ampliar os benefícios a todos. Nunca houve licitação nem concorrência para os contratos. A empresa Full Play entregou a cada um dos 10 presidentes (das federações da Conmebol) US$ 300 mil para assinar contrato - teria dito Figueredo no depoimento.
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Embora tenha assumido a presidência da Conmebol só em 2013, quando Ricardo Teixeira já tinha deixado o comando da CBF, Eugenio Figueredo teria detalhado como foi criado o esquema quando ele ainda era presidente Confederação Brasileira de Futebol. Ainda no depoimento, que foi feito em dezembro de 2015, o uruguaio disse que recebeu o conselho do “presidente da CBF” (sem citar o nome de qual era) para que aumentasse o seu salário para que outros membros do Comitê Executivo também tivessem um aumento.
Teixeira negou todas as acusações feitas pelo ex-presidente da Conmebol. Ele negou que não recebeu dinheiro da Full Play e não poderia assinar contratos das edições de 2015 e 2016 da Copa América, em 2013, pois já não fazia mais parte da Conmebol. O ex-cartola também negou que seja o presidente da CBF citado por Eugenio Figueredo
- Raciocina comigo. EU deixei a CBF em abril de 12 e fui para os Estados Unidos. O Figueredo assumiu a Conmebol em maio de 13. Como eu poderia participar da assinatura de contratos com a Full Play em 2013 se eu já estava fora da CBF e não era membro da Conmebol? Não tem lógica. Como eu poderia fazer parte de um contrato se não tinha cargo na Sul-Americana? Não é verdade que teria recebido esses US$ 300 mil que o Figueredo teria declarado. Esse dinheiro não entrou na minha conta. Se ele disse que recebi, então cadê o meu dinheiro? Na minha conta não entrou - disse Teixeira ao “Estadão”.
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