Primeiro-ministro da França critica declaração do atacante Benzema
Jogador disse que não foi convocado porque o técnico Didier Deschamps 'cedeu à pressão de uma parte racista do país'. Federação Francesa apoiou também o comandante dos Bleus
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A declaração de Benzema atacando Didier Deschamps, afirmando que o treinador da França teria 'cedido à pressão de uma parte racista do país' por não o ter convocado para a disputa da Eurocopa, não foi bem aceita em território francês. O técnico gaulês recebeu o apoio da Federação Francesa de Futebol (FFF) e também do primeiro-ministro, Manuel Valls, que lamentou a atitude do atacante do Real Madrid.
- As palavras do atacante não são a visão correta do que é a França, porque não se convoca jogadores em função da cor da sua pele ou origem. Há bons jogadores, há um coletivo, há a imagem de cada jogador e existe um treinador que decide. Cada um deve estar orgulhoso de suas origens, mas não se convoca jogadores com base em suas origens, e não se pode suspeitar que Deschamps faça algo assim - disse o político.
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Benzema, cujos pais têm origem argelina, ficou fora da lista dos 23 convocados para a Eurocopa 2016 após se envolver em uma confusão com o ex-companheiro de seleção Valbuena, do Lyon. O camisa 9 do Real é acusado de extorsão por conta de um vídeo íntimo que vazou na internet. O caso está em tramitação na justiça francesa.
A não convocação de Benzema já havia sido anunciada pelo técnico Didier Deschamps. Para o comandante, foi uma forma de evitar constrangimentos durante a Eurocopa.
A França faz a abertura da Eurocopa no dia 10 de junho, no Stade de France, contra a Romênia. Albânia e Suíça completam o grupo A.
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