Privilégios a Neymar e fritura: Cavani pretende deixar o PSG
Artilheiro do time na temporada, uruguaio se vê isolado e quer mudar de ares
A eliminação para o Real Madrid na Liga dos Campeões abriu a porta de saída de alguns jogadores do PSG, conforme vem apontando a imprensa francesa. O primeiro deles pode ser Cavani. O atacante uruguaio estaria cansado dos privilégios dados a Neymar e pedirá para ser negociado, segundo informou o "Le Parisien".
Cavani acredita que a diretoria não lhe atribui o devido valor e sente que há uma diferença no tratamento com relação a Neymar. De acordo com o jornal, o camisa 9 teria dito a pessoas próximas que gostaria de uma relação igualitária entre todos os jogadores do elenco.
- Ele já não se sente mais em casa - afirmou um amigo do jogador.
Os atritos entre a dupla são antigas. Em setembro, eles discutiram sobre a definição de quem cobraria uma falta em um jogo contra o Lyon. Daniel Alves pegou a bola antes de Neymar ficar com ela em definitivo. Para Cavani, os brasileiros dão razão ao camisa 10 em discussões dentro do vestiário.
Outra polêmica foi em relação a quem bateria os pênaltis no clube. Antigo cobrador, Cavani foi obrigado a ceder para o brasileiro. Em janeiro. Cavani chegou dois dias depois da reapresentação do PSG como forma de retaliação, uma vez que Neymar havia recebido autorização para chegar com atraso.
ATACANTE VEM SENDO FRITADO
Os problemas de Cavani não param por aí. O uruguaio vem passando por um processo de fritura no PSG. No primeiro jogo contra o Real Madrid, Neymar e Mbappé não passaram a bola nem uma vez sequer para a camisa 9. A situação seguiu na partida de volta, no Parque dos Príncipes, já com Di María como titular na vaga do brasileiro, lesionado.
No duelo derradeiro contra os espanhóis, Cavani foi acionado nove vezes. Por curiosidade, o maior passador foi Thiago Motta, com quatro. Apesar disso, o uruguaio marcou o gol de honra na derrota por 2 a 1.
Cavani tem 33 gols em 38 jogos na temporada e é o maior artilheiro da história do PSG, mas isso parece não pesar a seu favor. Ele não tem muito diálogo com os dirigentes e uma possível renovação de contrato - vai até junho de 2020 -, para receber um aumento salarial, está, por ora, fora de cogitação.